Uma menina cheia de sonhos que foram destruídos pelas mãos de um exército comandado pela guerreira mais temida da Grécia.
Uma menina que amava sua família, que adorava sua casa e amigos, seus vizinhos e tudo o que havia em Cirra.
Sua doçura se foi quando viu sua família arder em chamas. Um misto de tristeza e ódio se apoderou de seu coração, não permitindo mais que ele se abrisse para outros sentimentos, a não ser o de vingança.
Callisto, então, resolveu fazer uso de pessoas inocentes, como as que ela um dia conheceu e amou em Cirra, para dar início ao que ela chamava de justiça.
Mal sabia ela o que estava por vir....
Por anos, Callisto pesquisou, se informou, aprendeu tudo sobre a mulher que ordenara a destruição de sua cidade se tornando, assim, tão hábil e forte quanto ela.
E, finalmente, o grande dia chegou. Callisto estava frente a frente com sua maior inimiga. Porém, se decepcionou ao perceber que a guerreira já não era mais aquela sanguinária de outrora.
Vendo a compaixão no olhar da antiga assassina, o ódio de Callisto se fez ainda maior, e sua sede de vingança havia duplicado.
Sim, ela sabia que sua inimiga tinha alguém a quem ela amava, tanto quanto ela um dia amou sua família. E assim, ela matou friamente o jovem que, recentemente, se casara com a moça que sua inimiga amava.
Já não se via mais a compaixão no olhar da guerreira e nem da moça, cujo marido foi morto, que antes era repleto de pureza.
Assim, Callisto não obteve mais a compreensão e sim o desprezo das duas.
Seu pedido de socorro na areia movediça foi em vão...
Porém, Callisto voltou, ainda mais sedenta pelo sangue das duas mulheres que a fizeram perecer. Entretanto, suas tentativas de vingança foram em vão. Afinal , ela tinha apenas a ela mesma, não podia contar com a ajuda de ninguém, mesmo das vezes em que ela se uniu a outros inimigos daquelas duas mulheres.
Callisto recebeu seu castigo. Ficou presa, sozinha, sem ninguém. Afinal, ela sempre se sentira assim desde que perdera quem amava.
Ela ficou tão amiga da solidão que nem sentimentos tinha mais, chegando a dizer que não sentia mais nada, que estava vazia por dentro.
Foi então que sua mãe precisou vir até ela, saindo do conforto dos campos elíseos até o lugar frio e sem vida onde sua filha se encontrava e fazê-la refletir sobre todo o mal que ela fez.
Ainda assim, seu coração não conseguia se abrir para bons sentimentos e, finalmente, ela conseguiu vingar-se de suas inimigas.
Porém, conhecendo a sabedoria e caridade de um homem, Callisto, enfim, conseguiu ver que tudo o que fizera não passara de absurdos sem sentido.
Seu coração se abriu para o amor, o mesmo amor perdido e esquecido em Cirra. Aquela jovem menina retornara na alma daquela mulher tão corrompida pelo mal. E ela precisava pedir perdão por seus atos, principalmente para a guerreira a qual ela quis destruir.
Novamente, Callisto retornou, não mais como Callisto. Ela voltou como uma bela criança, filha da pessoa que ela mais odiou em vida.
Seu nome agora era Eva, a criança capaz de destruir os deuses do Olimpo.
Porém, ela cresceu e, novamente se tornara uma assassina cruel e sem escrúpulos, quase matando a própria mãe. Algo estava errado. Foi aí que então, numa visão, ela compreendeu que o seu caminho era o da luz e não o das trevas.
Callisto, agora Eva, encontrou a paz e o amor que havia perdido em Cirra em sua outra vida.
Tornou-se uma pregadora e defensora deste amor, o amor pelo próximo, iguais aqueles que ela havia matado friamente no passado.
Callisto é a prova de que podemos mudar.
Ela teve uma outra chance para mostrar isso e conseguiu vencer seus demônios.
por Math Pitbull
Nossa, Math, é emocionante...adoreiii
ResponderExcluirbjos
luh
Obrigado, Lu!
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado!
Beijos!