Ao que muitos preferem chamar de subtexto, eu chamo de maintexto.
Para bom entendedor, meia cena basta.
O príncipe Agranon e sua noiva, princesa Jana, estão sentados embaixo de uma árvore comemorando pelo casamento que se aproxima, o qual unirá os reinos de seus pais, pondo fim à rivalidade entre eles.
Eles são atacados por homens encapuzados, que raptam a princesa.
Xena e Gabrielle chegam a um vilarejo. A garota como sempre está falando pelos cotovelos e diz algo interessante sobre a vida não ter finalidade se não for feita de aventuras.
A que tipo de aventura Gabrielle se refere? Conhecer lugares e pessoas com culturas diferentes, aprender coisas novas, cair nos braços de qualquer um, ou um misto de tudo? Bem, eu fico com a última opção, lembrando que a parte ‘cair nos braços’ se refere à Xena. hehehe
Elas entram numa taberna para comer algo e logo Xena é assediada pelos homens, enquanto Gabrielle se lembra de sua passagem pelo reino de Gregor e tudo o que ocorrera lá. Xena se livra de cada um dos sujeitos, usando sua força física sutilmente, tanto que Gabrielle nem percebe. A garota se dirige a uma mesa ocupada e os homens que a ocupam se levantam, cedendo seus lugares, ao verem que ela estava com a guerreira, devido ao medo que ficaram de Xena.
Agranon está na taberna e se aproxima delas, dirigindo-se a Xena e lhe oferecendo um saco de moedas, em troca de seus serviços.
Foi algo rápido, mas imperceptível: Gabrielle demonstra pela primeira vez o ciúme e o cuidado que ela tem com sua heroína. Ela está prestes a dar uma bela resposta ao rapaz, quando Xena lhe acalma dizendo que não se trata do que ela pensa.
Ele relata o ocorrido com sua noiva e pede para que Xena a encontre. Ele diz que o pai de Jana desconfia que o pai dele a raptou, enquanto que o pai dele acredita que o próprio pai de Jana forjou o rapto para poder entrar em guerra contra o reino de seu pai. Mas Agranon acredita que tenha sido outra pessoa, alguém que teria muito a perder caso os dois reinos ficassem em paz, citando um famoso comerciante. Xena deduz que se trata de Mezentius. Inicialmente, Xena se recusa, e Agranon implora por sua ajuda.
Nesse momento, Xena olha para quem? Sim, Gabrielle. Com um olhar suplicante, a barda a convence em aceitar a missão. Hum, então Xena pede a autorização de Gabrielle para fazer as coisas? Já está assim? É aquela velha história do “o que Gabrielle quer, Gabrielle consegue” que se inicia ali.
Xena resolve ajudar, porém, não aceita o pagamento, pedindo para que Agranon o distribua aos pobres da cidade. Xena pega o medalhão que o rapaz usa no pescoço e ele sai para fazer o que ela disse.
Gabrielle se mostra preocupada com o fato de Xena ir para a cidade de Tracus, onde se encontra Mezentius. Esta cidade é um local de assassinos, mercenários e ladrões. A garota teme que Xena volte para aquela vida.
Que fofo! Claro, se Xena volta a ser uma assassina, Gabrielle a perde.
Mas Xena a acalma, dizendo que isso não acontecerá. Agranon retorna e pergunta o que deve fazer agora. Xena olha para Gabrielle, como que dando uma ordem e a garota entende que deve ficar e fazer companhia ao rapaz.
Xena não quer levar Gabrielle. E qual a razão? Não, não é só por medo de que algo acontece a ela, mas também por vergonha. Gabrielle conheceria parte do passado sujo de Xena e talvez visse coisas com as quais se magoasse.
Xena segue viagem e chega a Tracus. Enquanto isso, Mezentius negocia com um homem, do reino de Jana, lhe vendendo armas. Marcus, seu guerreiro de confiança, está com ele.
Xena entra na taberna e é recebida pelos bandidos que se encontram lá, pois eles acreditam que ela ainda é a mesma guerreira de outrora. Marcus, ex-amor de Xena, aparece e eles se abraçam.
Gabrielle e Agranon estão na taberna conversando e ele conta como conheceu Jana. Gabrielle acha a história linda e sugere que ele encontre o pai da moça para dizer isso. Eles se levantam e seguem.
Xena e Marcus conversam sobre suas vidas quando o guerreiro diz que tem pensado muito nela. Ela diz o mesmo, mas logo desconversa. Xena especula sobre a possível guerra que acontecerá entre os dois reinos, quando Mezentius aparece e acusa um homem de roubar seus armamentos. Xena apenas observa. Ele se vai e Xena continua a especular.
Marcus leva Xena até o centro da cidade. Ela diz querer falar com Mezentius quando vê a princesa sendo levada por seus homens. Mezentius vê Xena e pensa em capturá-la, acreditando que ela foi para Tracus para roubar suas armas. Porém, Xena diz que pretende fazer negócio com ele. Com segundas intenções, ele aceita conversar.
Gabrielle e Agranon estão na estrada que leva ao reino de Beócia quando são surpreendidos pelos soldados e levados.
Marcus mostra a cidade para Xena e a leva até uma fonte de água quente. Ele tenta seduzi-la, mas ela não parece demonstrar muito interesse. Xena está mesmo preocupada com a princesa, que passa sendo carregada por homens de Mezentius.
Xena vai até Mezentius e se oferece para ajudar na guerra entre os reinos de Beócia e Kolonus, fazendo com que assim a guerra se estenda por mais tempo. Mezentius reflete e concorda. A conversa é interrompida por Jana, que ameaça se jogar do alto de uma sacada. Xena sobe para tirá-la de lá. Jana diz que não deixará Mezentius tocá-la e Xena diz que Agranon a mandou, mostrando o medalhão para a garota e a convencendo ela a desistir de pular. Xena manda que Jana a espere na fonte quente ao anoitecer.
A noite cai e Xena vai até o depósito de armas. Ela olha as armas que estão dentro de um grande baú, quando é surpreendida por Marcus. Mezentius chega pouco depois e Marcus diz que estava mostrando os armamentos para Xena. O homem vai embora e Marcus acusa Xena de querer roubar as armas e ela afirma, pedindo a ajuda de Marcus. Já do lado de fora, ele mostra um poço falso para ela, onde qualquer pessoa pode sair da cidade por ali sem ser percebido.
Então, Marcus fala para Xena que tentou deixar a vida de guerreiro certa vez, mas não conseguiu e retornou. Ele acha estranho Xena não recriminá-lo por isso e diz que ela mudou muito ao longo dos anos. Marcus diz que sente como se ela encontrou a resposta para sua vida e isso a deixou mais calma.
Mas é claro que ela encontrou a resposta e esta se chama Gabrielle.
Bem, Xena sente enorme carinho por seu ex e acaba deixando-se envolver pelo momento. Eles e beijam.
Gabrielle e Agranon são presos e avisados que eles serão executados no dia seguinte, para dar início à guerra entre os reinos.
Xena e Marcus ainda estão se beijando, quando a guerreira diz não poder fazer isso.
Sim, ela precisava encontrar a princesa. Mas com certeza tem mais caroço nesse angu. Ela queria terminar logo com aquilo para poder voltar à sua vida, voltar para Gabrielle, mesmo que ela ainda não saiba disso. Mas o inconsciente dela sabe.
Xena deixa Marcus sozinho e vai até a fonte. Jana está a sua espera. Xena entra e fecha a porta. Mezentius aparece e Xena esconde Jana dentro da fonte e diz para o homem que ela quer tomar um banho. Ele, pervertido que só, se oferece para se juntar a ela. Mas Xena pede privacidade e ele se vai.
Marcus vai até a taberna e descobre que Xena havia deixado sua vida de mercenária, lutando agora pelo bem. Isso o deixa extremamente atordoado e ele deduz que ela estava em Tracus para resgatar a princesa.
Xena esconde Jana no baú das armas. Marcus aparece e desconfia, perguntando o que há dentro do baú. Xena diz que tem arcos, flechas... Ele pega um das flechas que estão próximas e faz menção de atirar no baú. Xena o impede, assim revelando que a princesa estava lá dentro. Marcus se sente traído e Xena diz que não tinha certeza se poderia confiar nele. Ela diz que se importa com ele e que não quer vê-lo morto, pedindo para que ele saia do caminho do mal. Diz que basta que ele faça uma boa ação para começar. Ele reflete rapidamente e resolve atacá-la, chamando os guardas. Xena dá um chute nele e ele cai. Guardas chegam e Xena os domina, retirando Jana do baú e mandando que ela se esconda.
Xena luta contra mais guardas que vão surgindo, enquanto Marcus se levanta e vai atrás da garota. Ele faz Xena parar de atacar, ameaçando matar Jana. Mezentius chega e Xena convence Marcus a não matar a moça. Mezentius toma uma flecha e atira na direção de Jana, mas Marcus se põe em sua frente, sendo atingido. Xena lança o chakram e corta a garganta de Mezentius, que cai morto.
Xena vai até Marcus, que agoniza. Ele morre.
A guerra não acontece. Agranon, Jana, Xena e Gabrielle, entre outros, acompanham o funeral de Marcus. Gabrielle percebe o quanto aquele homem era importante para Xena e se compadece de seu sofrimento.
É, mas Gabrielle pensa que Marcus era apenas um grande amigo de Xena. Coitadinha da barda, viajando na maionese.
Xena se aproxima da pira funerária e diz: “Meu amigo. Meu amigo.”
Por que Xena usa a palavra ‘amigo’? Por que não ‘meu amor’ ou ‘meu amado’? Ela não queria que Gabrielle soubesse? O fato é que Xena deixa a menina acreditando nisso. Xena tinha boas recordações do rapaz e gostava dele como ser humano, mas apaixonada? Não, isso não.
Não foi a toa que ela o evitou o episódio inteiro. Hehehehehe
por Math Pitbull