por Larissa Reis
Gabrielle já andava impaciente pela
clareira onde elas tinham arrumado para passar a noite. Xena tinha saído a
horas atrás dizendo que não demoraria e agora o sol já começava a se pôr, o que
deixava a barda ainda mais apreensiva; para tentar distrair a cabeça e para não
ficar no escuro, começa a armar a fogueira próxima de onde dormiria – apesar de
que estava preocupada demais para dormir.
Sentada perto da fogueira, olhando
diretamente para o fogo, Gabrielle se vê lembrando de tudo o que as duas já
tinham passado nesses últimos anos juntas. Foram tantas aventuras, tantas
alegrias, tantas tristezas... Como seria sua vida se Xena não a tivesse levado
daquela sua vidinha simples de garota do campo? Nem conseguia pensar nisso,
jamais seria capaz de se arrepender de ter seguido a guerreira até Amphipolis.
O sol já havia se ido por completo quando
pôde ouvir alguns barulhos na mata atrás de si. A barda mais que depressa já
tinha seus sais em mãos, pronta para se defender de qualquer ameaça iminente.
- Calminha Rainha Amazona! Venho em missão
de paz... – Xena apareceu no pé da clareira carregando um caixote de madeira nos
braços.
- Estava querendo me matar do coração?! –
baixando os sais e virando as costas para a guerreira em sinal de não estava
muito satisfeita, Gabrielle soltou um suspiro de alivio por saber que sua Xena
estava bem, mas não a deixou perceber isso.
- Foi apenas um contratempo, mas cá estou
novamente, inteira. – Ver sua pequena barda daquele jeito mexia com os
sentimentos mais profundos e primitivos de Xena. Gabrielle lhe ficava sexy
quando brava. Aproximou-se da loira, deixando de lado a caixa de madeira com os
suprimentos para o resto da viajem, e abraçou pelas costas.
Gabrielle não conseguia resistir àquilo. A
guerreira sabia como fazê-la ficar sem chão. Tão sem chão que quando sentiu
pequenos beijos lhe fazendo o caminho da nuca quase parou de sentir as pernas.
Queria resistir, ainda estava com raiva de Xena pela preocupação que tinha
feito ela passar, mas era impossível não ceder àquelas mãos fortes e
determinadas...
- Ainda não estou boa com você, Princesa
Guerreira. – dito isso Xena a vira de modo a olhar nos olhos de sua loira e a
pressionou contra uma arvore próxima, estava indo pelo caminho certo, vi isso
na respiração de sua amada que começava a acelerar ainda mais.
- Tens certeza? – um beijo no pescoço, uma
respiração pausada.
- Certeza absoluta. – Era divertido ver a
barda ficando sem ar, lutando contra a vontade de fechar os olhos e se entregar
às sensações. Mais um beijo, mais para cima, logo abaixo da orelha.
- Pra quê isso tudo? Estou aqui não é? – uma
leve mordida no lóbulo da orelha fez a barda se render por completo, achara seu
ponto fraco.
- Pelos Deuses! Isso já é demais! –
atendendo as expectativas de Xena, Gabrielle a puxa para um beijo ardente e
juntas caem no chão e lá ficam até o amanhecer, se amando, como muitas outras
noites que se foram e muitas outras que ainda estariam por vir...
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