E aí, Xenite, tudo bem com
você?
Devido ao longo tempo sem
postar a Visão Maintexter, hoje trago a vocês 3 episódios, seguindo pela ordem
de exibição: A Solstice Carol, The Xena Scrolls e Here She Comes... Miss
Amphipolis.
São 3 episódios onde há
pouco maintexto, mas espero que gostem dos comentários.
Vamos lá?
Breve
explicação para uma melhor compreensão: Os acontecimentos do episódio estão
escritos na cor azul e os comentários do colunista estão em itálico na cor bege.
A Solstice Carol (2X9)
“Ao que muitos preferem
chamar de subtexto, eu chamo de maintexto.
Para bom entendedor, meia
cena basta.” |
É véspera do Solstício de Inverno e o episódio
começa no castelo de Silvus, um Rei cruel que proíbe qualquer comemoração ou
mesmo menção a este evento. Ele condena qualquer pessoa à prisão, independente
da idade ou de qualquer outra coisa, sob os olhos de Senticles, um bom homem
que trabalha para o Rei por ter medo dele.
Xena e Gabrielle estão na cidade olhando a feira a
fim de comprar seus presentes, quando Xena sugere dar o dinheiro a Gabrielle
para que ela compre o próprio presente. A garota diz que assim não tem graça.
Xena, como quase sempre, nada
romântica. O que torna um presente mais especial para quem o recebe é quem o
dá. Gabrielle não quer o dinheiro, ela quer que Xena escolha algo para ela. O
gesto é o mais importante, mas Xena parece um bicho do mato nessas horas.
Xena havia reparado que um menino as observava, e
não se passaram 2 minutos quando ele passa por elas levando o chakram da
Princesa Guerreira, que o segue. Elas entram no lugar que ele entrou e se
surpreendem com o chakram no topo de uma árvore, cercada por crianças e sua
cuidadora, que se assustam com a chegada das duas.
Xena quer o chrakram de volta, mas antes de qualquer
coisa, Senticles adentra o local acompanhado de soldados. Ele avisa, a mando do
Rei, que o orfanato deve pagar seus impostos ou serão despejados ao
amanhecer. Um dos soldados percebe a
árvore montada e declara que eles devem ser presos. Xena recupera seu chakram e
os domina, capturando-os.
Gabrielle conversa com Senticles, que diz trabalhar
para o Rei por ter ficado sem seu trabalho, que era fabricante de brinquedos,
mas o Rei proibiu tudo que pudesse lembrar o Solstício. Senticles explica que o
Rei ficou assim porque sua esposa, a Rainha Anália, o deixou no Solstício de 30
anos atrás. As crianças aparecem com sua cuidadora, que diz que o Rei deve
sofrer muito, o que faz Gabrielle lembrar-se de uma história envolvendo as 3
faces do destino. Enquanto ela conta a história para as crianças, Xena observa
com satisfação.
A cara
da Xena é tipo: “Essa é a minha garota!” hehehe
Ela tem a ideia de fazer o mesmo que na tal
história: apresentar as 3 faces do destino ao Rei, na tentativa de fazê-lo
mudar. Xena reluta, mas por Gabrielle aceita o desafio.
Tudo o que Gabrielle quer,
Gabrielle consegue. Xena diz muitos nãos, mas Gabrielle é aquela que faz com
que Xena se abra para o novo, para coisas que ela provavelmente não faria se
fosse outra pessoa pedindo.
Xena
pede a Gabrielle que compre itens necessários para colocar a ideia dela em
prática. Na feira, Gabrielle se depara com um asno e seu dono, o qual não trata
muito bem o animal. Gabrielle os aborda e o homem diz que vende o asno a ela. Se
ela não quiser comprar, ele o venderá para ser morto. Gabrielle então resolve
comprá-lo por piedade. Após algumas tentativas de pechincha, Gabrielle acaba
comprando o animal por todo o dinheiro que ela tinha.
Enquanto
isso, Xena visita o Rei Silvus. Ela tenta convencê-lo a ser um homem mais
justo, porém ele é irredutível e chama os guardas. Na fuga, Xena encontra um
cômodo abandonado no castelo, onde há várias coisas relacionadas ao Solstício
sob muita poeira. Entre tais coisas, um retrato do Rei com sua esposa, Anália.
Xena
retorna ao orfanato acompanhada de Senticles. Ela diz a Gabrielle que se sua
ideia falhar, ela usará de força para impedir que as crianças sejam machucadas.
Gabrielle então olha para Senticles e diz que Xena é uma pessoa muito física, e
olha de volta para Xena.
A questão aqui nem é o que ela
disse, mas COMO disse. Essas olhadinhas por baixo são muito reveladoras. hahaha
Xena
conhece Tobias, o burro que Gabrielle comprou, mas não briga com ela ao saber
que ele lhe custou todo o dinheiro.
Novamente Xena se rende aos
desejos de Gabrielle. Seria o espírito de Solstício abrandando o coração da
Princesa Guerreira? Acho eu que não. hahaha
O
plano entra em ação. Xena acorda Silvus vestida como Cloto, a primeira face do
destino, que representa o passado. Ela o leva ao cômodo abandonado, onde está
Gabrielle, que se apresenta ao Rei como se fosse uma visão de sua esposa. Ele
fica nervoso e Xena lhe dá algo para beber, o que o faz desmaiar.
Xena
agora o acorda apresentando-se como Láquesis, a segunda face do destino, que
representa o presente. Ela o leva até o orfanato disfarçado como uma pessoa
comum, onde o menino que os atende revela as atrocidades que o Rei comete.
Gabrielle
convenceu Senticles a dar os brinquedos que fabricou para as crianças do
orfanato, e o aconselhou a se disfarçar, para não ser descoberto pelos guardas
do Rei. Ele usa uma roupa e gorro em tom vermelho, com um cinto preto, botas
pretas, um saco cheio de brinquedos e barbas brancas, fazendo uma excelente
alusão ao Papai Noel, inclusive entrando no orfanato pela chaminé.
Os
guardas foram despejar os moradores do orfanato e não reconhecem o Rei. Ele
fica nervoso e desmaia. Xena o deixa aos cuidados da mulher que cuida das
crianças, que na verdade trata-se da Rainha Anália.
Os
guardas invadem o orfanato e uma briga se inicia. O Rei acorda e vê Anália na
penumbra, sem reconhecê-la, acreditando tratar-se da terceira face do destino.
Ele pensa estar num lugar horrível no futuro, o que o faz mudar de ideia. O Rei
vai ao local da briga e se junta a Xena e aos demais, colocando os guardas pra
correr.
Ele
diz que nunca mais proibirá o Solstício e Anália se apresenta a ele,
perdoando-o e dando-lhe uma nova chance.
Xena
e Gabrielle vão embora com Argo e Tobias (o burro), quando encontram no caminho
um casal com um bebê. Eles dizem ter pressa e Gabrielle lhes dá Tobias, fazendo
assim alusão a família de Jesus, Maria e José, que partem com a mulher e o bebê
no lombo do burro.
Xena
elogia o gesto de Gabrielle e lhe dá um presente. A garota agradece e diz que
não teve tempo para comprar um presente para ela. A Princesa Guerreira diz que
Gabrielle é o seu presente. O episódio encerra focando no que podemos chamar de
“estrela guia”.
Esse foi o ápice do episódio, no
que toca o relacionamento de Xena e Gabrielle. Lá no começo, Xena demonstra
impaciência com essas coisas de presentes, porém teve o cuidado de fazer uma
surpresa a Gabrielle, dando a ela algo que sabia que iria gostar. Mesmo
preocupada com a questão das crianças, Xena não se esqueceu de fazer esse
agrado a Gabrielle, pois sabe o quanto a garota se importa com essas coisas. J
Como podemos perceber, esse
episódio, assim como o anterior, não tem muitos momentos maintexters, até
porque Xena e Gabrielle passam pouco tempo juntas. De qualquer forma, espero
que tenham gostado.
The Xena Scrolls (2X10)
“Ao que muitos preferem
chamar de subtexto, eu chamo de maintexto.
Para bom entendedor, meia
cena basta.” |
Macedônia, 1940. Mel Pappas (sósia de Xena), filha
de um grande Arqueólogo, foi ao encontro de Janice Covington (sósia de
Gabrielle), cujo pai também era Arqueólogo, que estava em busca de um tradutor
para ajudá-la a encontrar a tumba que possivelmente guarda os pergaminhos de
Xena.
No local das expedições elas encontram um homem que
se apresenta como Tenente Jacques S’er (sósia de Joxer) e diz que foi enviado
pelo governo francês para proteger Janice, pois eles também têm grande
interesse nos pergaminhos.
Um homem chamado Smythe e seus comparsas chegam
dizendo que tem a chave para adentrar a tumba, mas ele é um traidor, domina os
3 e todos entram na tumba. Todos são pegos de surpresa por uma armadilha, que
separa Smythe e seus homens dos 3, que ficam juntos e descobrem que a tumba
pertence ao deus da guerra.
Mel encontra os pergaminhos e pega um, onde consta a
história de Xena e Marcus. Ele até então chamado de “grande amor de Xena”.
Apenas aguarde...
Janice começa a pegar os pergaminhos e colocar numa
sacola, quando encontram o chakram de Xena com metade dentro das pedras. Janice
tenta retirá-lo e não consegue, mas Mel o retira facilmente, mas somente uma
parte. Janice se volta aos pergaminhos enquanto Mel é conduzida por um
magnetismo maior vindo do chakram e caminha sozinha, se afastando dos outros
dois. Mel vai de encontro à outra parte do chakram, que está nas mãos de
Smythe. Há uma briga e logo depois todos vão parar numa outra sala, onde os
dois lados do chakram se unem resultando na abertura do sarcófago de Ares, o
deus da guerra.
Smythe enfrenta Ares, mas ele e seus homens são
mortos por ele. Jacques também tenta, mas é desmascarado pelo deus da guerra.
Na verdade ele se chama Jack e é um vendedor de escovas de dente. Janice
pergunta como ele soube da existência dos pergaminhos e ele diz que foi através
de sua família. Ares então começa a revelar a descendência de cada um dos 3. Jack
é descendente de Joxer. Ele também revela que somente um descendente de Xena
poderia libertá-lo e Janice acredita que seja ela, porém na verdade ela
descende de Gabrielle, pela qual Janice parece não ter grande simpatia.
Ares se dirige a Mel, a descendente de Xena ali
presente, para exigir que ela o liberte, porém seu corpo foi tomado pela alma
da Princesa Guerreira. Ela o golpeia e os 3 fogem. Xena encontra Janice triste
e esta diz estar decepcionada por descender da inútil da Gabrielle, ao que Xena
a corrige, deixando bem clara a importância de Gabrielle para ela.
Era aqui que eu queria chegar. A
história de Xena e Marcus deu-se antes de Xena perceber a grandiosidade de
Gabrielle. Não duvido que, de fato, ela o amou no passado, porém muitas coisas
aconteceram após aquele pergaminho que Mel leu ter sido escrito. É um
despropósito seguir afirmando que Marcus foi o grande amor da vida de Xena. Se
fosse mesmo verdade, quando ela morreu em AFIN teria ido ao seu encontro,
entretanto ela permaneceu ao lado de Gabrielle. Só para dar um único exemplo.
Ares captura Janice e Jack e os usa para chantagear
Xena, que deve libertá-lo lançando o chakram para abrir a porta ou os 2
morrerão. A porta que liberta Ares é aberta, mas Xena luta com ele para
impedi-lo de sair. Ela arremessa o chakram para liquidá-lo, mas este ocasiona
no fechamento da porta, que desce lentamente. Xena deixa o corpo de Mel e os 3
conseguem sair antes da porta se fechar completamente. Ares fica preso.
Janice detona várias bombas para soterrar a tumba e
manter Ares preso por mais tempo. Jack se despede de Mel e Janice, que decidem
trabalhar juntas.
O tempo avança 50 anos e mostra um produtor (mais um
sósia de Joxer) dando ideias a Robert Tapert para um novo show. Nada o
interessa, até que o rapaz lhe mostra os pergaminhos de Xena, que seu avô havia
traduzido (provavelmente ele é neto de Jack). Robert então fica muito
interessado em Xena.
Mais um episódio com quase zero
maintexto, porém um grande episódio, principalmente por esse final. Fiz mais
uma resenha do que qualquer coisa, afinal há bem pouco sobre Xena e Gabrielle
no episódio, mas espero que tenham gostado. J
Here She Comes... Miss Amphipolis (2X11)
“Ao que muitos preferem
chamar de subtexto, eu chamo de maintexto.
Para bom entendedor, meia
cena basta.” |
Xena e Gabrielle caminham por uma praia. Salmoneos mandou
chamá-las ao local para evitar uma guerra em meio a um concurso de beleza, pois
há alguém atentando contra a vida das competidoras. Salmoneos acha que
Gabrielle deve se fazer passar por uma delas para poder vigiar melhor, mas ela
se recusa dizendo não concordar com essa exploração da mulher. Xena então se
apresenta como a Miss Amphipolis e Gabrielle como sua patrocinadora.
Xena evita ao máximo colocar Gabrielle
em perigo e, obviamente, não iria incentivá-la a se expor aos olhares famintos
daqueles homens.
Em sua primeira tentativa de se aproximar das
garotas, Xena fica sozinha na sauna e é presa, o que a faz se atrasar para a
primeira etapa do evento. Enquanto ela está na passarela, alguém rouba sua armadura
em seu quarto. Quem a trancara na sala foi Miss Artiphis, porém não por ser
quem está atacando as moças, mas por saber que Xena sabe que ela é o que
podemos chamar de mulher trans (ou travesti). Após explicar sua situação, Xena
a perdoa.
Enquanto isso, Gabrielle está em reunião com os
demais patrocinadores (todos homens), que não se importam com suas patrocinadas,
apenas lhes dão ordens. Gabrielle então diz que sua concorrente e ela formam um
time e ela não lhe dá ordens, mas faz pedidos. Os homens se entreolham rapidamente
e logo depois um deles pergunta a ela se essa coisa de pedir realmente
funciona. Ela diz que sempre funciona.
Mais do que é dito, é como é
dito cada frase. Para os mais observadores, fica fácil perceber que todos os
patrocinadores mantém uma relação mais íntima com suas patrocinadas, ou seja,
não são apenas negócios. E é óbvio que todos ali veem Gabrielle da mesma
maneira com relação à Miss Amphipolis (Xena). Nenhuma das duas nega isso em
nenhum momento, e pelas expressões de Gabrielle ela se sente muito confortável
em passar essa ideia.
A segunda fase do evento começa e Xena é descoberta
por um dos patrocinadores, porém Miss Artiphis entra em cena trajando a roupa
de Xena, o que faz todos acreditarem que tudo faz parte do evento. Salmoneos
anuncia as semifinalistas do concurso que elegerá a primeira Miss Mundo da
história, dentre as quais estão Miss Artiphis e Miss Amphipolis (Xena).
A última etapa do concurso é um show de talentos.
Xena está treinando seu talento quando vê uma das participantes chorando. A
moça confessa que está ali por um capricho de seu namorado, que só valoriza a
sua beleza. Xena a aconselha a dizer a ele como ela se sente. A garota pergunta
como ela sabe que isso funciona, ao que Xena responde que apenas sabe.
De todas as pessoas com quem
Xena se relacionou, com quem mais ela compartilhou sentimentos, pensamentos,
medos e inseguranças? Se você pensou em Gabrielle, bingo! Lembrando que o papo
ali era sobre relacionamentos amorosos, então...
Durante o show de talentos, Xena descobre o sabotador
do evento e o revela aos patrocinadores. O evento chega ao seu final, mas Xena
se revela e não participa, porém Miss Amphipolis seria a vencedora. No entanto,
com a desistência da mesma, o prêmio vai para o segundo lugar, mas a garota
desiste. O prêmio então vai para o terceiro lugar, porém a concorrente também
desiste. As outras duas também desistem, deixando o prêmio para Miss Artiphis,
que não tinha patrocínio e estava ali em busca de um sonho, tornando-se, assim,
a primeira Miss Mundo.
Durante a comemoração, Miss Artiphis puxa Xena para
a passarela e lhe dá um beijo na boca, fazendo Gabrielle ficar sem graça. Ela
olha pras duas e pra plateia, sem saber ao certo como reagir.
Como dito acima, todos ali viam
Gabrielle como mais que a patrocinadora de Miss Amphipolis, então se compreende
que ela sentiu-se envergonhada por ser “traída” diante de todos. Podemos
compreender também que ela sentiu ciúmes.
O episódio termina com Gabrielle perguntando se Miss
Artiphis é um homem, ao que Xena confirma. A barda diz que isso é engraçado, mas Xena
responde que “beleza é beleza”, ou seja, que não importa a forma como Miss
Artiphis nasceu. Gabrielle diz que vai escrever sobre isso e pretende chamar
Miss Artiphis de “Rainha por...”, mas é impedida por Xena de completar a frase.
Então ela diz, em inglês, a frase “What a drag!”, que traduzindo ao pé da letra
significa “Que chatice!”, porém ela também pode ter dito “Que Drag!”,
referindo-se a Miss Artiphis como uma Drag Queen, o que parece também ter
sentido, por ela tê-la chamado antes de Rainha. O fato é que Xena a recrimina
por essas piadinhas infames.
Xena prezou pelo respeito à Miss
Artiphis, independente de ela ser uma mulher trans, travesti ou uma Drag Queen.
Para Xena isso não importa, o importante é respeitá-la como ela se apresenta:
uma mulher. E obviamente Xena repassa essa sabedoria para Gabrielle, encerrando
o episódio com tal lição para todos nós.
O que achou? Comente!
Até o próximo episódio, pessoal! ;)
por Matheus Roberto