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A Lenda das Almas Gêmeas



Na verdade, o mito da alma gêmea foi criado por Platão que, em seu livro O Banquete, tenta definir o que é o amor. No entanto, um dos momentos mais fascinantes do texto é quando toma a palavra o comediógrafo Aristófanes. Ele faz um discurso belo que se imortalizou como a teoria da alma gêmea.
Aristófanes começa dizendo que no tempo dos deuses havia uma civilização onde a harmonia e amor reinavam, pois esta civilização tinha sido criada por Vênus/Afrodite) e Eros/Cupido (essa é uma das versões).
Uma civilização muito, muito diferente… Os seres possuíam quatros braços, quatro pernas, duas cabeças e dois troncos distintos.

A Mitologia Grega conta que Zeus declarou guerra ao seu pai Cronos e aos demais Titãs com a ajuda de Gaia. E durante cem anos nenhum dos dois lados chegava ao triunfo. Gaia foi até Zeus e prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se descesse ao Tártaro e libertasse os Ciclopes e os Hecatônquiros, filhos de Gaia.
Ouvindo os conselhos de Gaia, Zeus venceu Cronos, com a ajuda dos filhos libertos da Terra e se tornou o novo soberano do Universo. Todavia, Zeus realizou um acordo com os Hecatônquiros para que estes vigiassem os Titãs, que Zeus voltou a aprisionar no fundo do Tártaro. Gaia então se revoltou com a traição de Zeus e lançou mão de todas as suas armas para destroná-lo.
Como vingança ela pariu incontáveis Andróginos, seres com quatro pernas e quatro braços que se ligavam por meio da coluna vertebral terminado em duas cabeças (versão 2)
Essa criatura primordial era redonda: suas costas e seus lados formavam um círculo e ela possuía quatro mãos, quatro pés e duas cabeças com duas faces exatamente iguais, cada uma olhando numa direção, pousada num pescoço redondo. A criatura podia andar ereta, como os seres humanos fazem, para frente e para trás.

Mas podia também rolar sobre seus quatro braços e quatro pernas, cobrindo grandes distâncias, velozes como um raio de luz.
Os Andróginos surgiam do chão em todos os quadrantes da Terra, sua força era extraordinária e seu poder imenso. E isso tornou-os ambiciosos, levando-os a desafiar os Deuses e a escalar o Monte Olimpo com a intenção de destronar Zeus e destruir os Deuses.
Reunidos no conselho celeste, Zeus aconselhado por Têmis, decidiu que ele e os demais Deuses deveriam acertar os Andróginos na coluna, de modo a dividi-los exatamente ao meio, para que se tornassem menos poderosos, sem precisar aniquilá-los.
Pois aniquilar as criaturas significaria ficar sem os sacrifícios, as homenagens e a adoração. Mas a insolência das criaturas era totalmente inadmissível, e por isso deveriam ser castigadas.
Portanto o Grande Zeus decidiu deixá-los viver, mas divididos, para torná-los mais humildes e fracos e assim diminuir seu orgulho, fazendo-os andar sobre duas pernas, diminuindo sua força e poder, com a vantagem de aumentar seu número, à medida que as criaturas eram cortadas em dois.
Apolo virou suas cabeças, para que pudessem contemplar eternamente sua parte amputada, como uma lição de humildade. Apolo também curou suas feridas, deu forma ao seu tronco e moldou sua barriga, juntando a pele que sobrava no centro formando o umbigo, para que eles lembrassem do que haviam sido um dia.

Vénus e Eros tentaram impedir, mas nada puderam fazer.
Existiam três tipos desses seres: Andros, de onde originaram-se dois homens, que apesar de terem seus corpos agora separados, tinham suas almas ligadas, por isso ainda eram atraídos um pelo o outro. O mesmo ocorrendo com os outros dois seres Gynos e Androgynos. Andros deu origem aos homens homossexuais, Gynos às lésbicas e Androgynos aos heterossexuais.
Foram dois dias e duas noites de muita tempestade, raios, trovões e fúria… muita fúria! Os corpos eram divididos pelos relâmpagos e as metades ficavam separadas, algumas partes eram levadas pelas águas, pelos ventos.
Assim muitos se perderam, muitos dos que ficaram sozinhos conseguiram sobreviver, mas pararam de viver, pois já não tinham mais a harmonia, a perfeição, o equilíbrio de antes. Deixaram de ser felizes e completos; passaram somente a existir (a sobreviver da maneira que fosse possível).
As criaturas poderiam continuar vivendo e com o tempo eles esqueceriam o ocorrido e apenas perceberiam seu desejo por sua outra parte. Um desejo jamais inteiramente saciado no ato de amar, porque mesmo derretendo-se no outro pelo espaço de um instante, a alma saberia, ainda que não conseguisse explicar, que seu anseio jamais seria completamente satisfeito. E a saudade da união perfeita renasceria, nem bem os últimos gemidos do amor se extinguissem.


por Math Pitbull




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