MUNDOS
PARALELOS
Disclaimers:
Este
é um conto especial de natal escrito por Carlos Brito e Valquíria Costa onde
enviamos nossas heroínas direto do conto “A Batalha Divina” até um mundo
paralelo. A proposta com este conto é passar uma mensagem de paz, amor e
compaixão.
Atenção;
as personagens “Xena”, “Gabrielle”, “Lila”, “Sarah” e “Eve (Eva)” são marcas
registradas da Pacific Renaissance Pictures LTDA,
Universal Studios
e MCA International (MCA/Universal);
as mesmas são usadas aqui apenas por diversão sem intenção alguma de obter
lucro ou até mesmo de infringir leis de copyright.
Ressalto
a dizer que os personagens “Amandriel” e “André” são marcas registradas do
escritor Carlos Brito. Digo-vos que eu tenho direitos autorais reservados sobre
tais marcas, portanto está proibido por lei qualquer uso indevido sem minha
autorização prévia em quaisquer outras obras, sites ou blogs. Estas marcas aqui
citadas são usadas aqui neste conto pela minha pessoa e por Valquíria Costa
onde a mesma faz uso de tais marcas com o meu consentimento. Qualquer infração
das leis de copyright sobre tais marcas poderá acarretar sobre o infrator
multas e cláusula judiciária.
Sumário:
Capítulo I – Mundos Paralelos
(escrito por: Carlos Brito)
Capítulo II – Preocupação (escrito
por: Valquíria Costa)
Capítulo III – Revelações (escrito
por: Carlos Brito)
Capítulo IV – O Encontro (escrito
por: Valquíria Costa)
Capítulo V – A Cura (escrito por:
Carlos Brito & Valquíria Costa)
Notas:
*No conto,
o passarinho que Eva segue é o arcanjo Miguel na forma de um passarinho branco
*Todas as
falas de Eva criança estão grifadas em aspas, pois se trata de falas de uma
criança que ainda está aprendendo a falar. Não são erros ortográficos ou de
digitação.
*A parte em
que Eva ainda é uma criança se trata de um conto que está sendo produzido pela
autora Valquíria Costa onde este será revelado em breve; aguardem.
Se
desejarem, me enviem mensagens pelos meus e-mails:
Carlos
Brito:
Outlook: carlos_vladxena@hotmail.com
Twitter:
@carlos_vladxena
Esperamos que apreciem a
fanfiction e desejamos a todos uma boa leitura.
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Capítulo
I: Mundos Paralelos
Em
um ameno dia de inverno, as folhas das florestas farfalham e tremem como as asas
dos anjos doirados de Deus, a viração eólica passa já frouxa nas janelas das
casas e templos. Aqui, ali, além são labirintos de arvoredos que nascem em
leitos de relvas onde por debaixo dos arvoredos, nascem então as plantazinhas
com belas madressilvas adjunto de pequenos rochedos forrados por musgo.
Em
uma estreita, porém... Longa vereda de grama e terra onde os lados são cheios
de arvoredos onde as folhas floridas tremem e sussurram com a visita da viração
eólica; Xena, Gabrielle e Eva cavalgam cada uma em seus respectivos cavalos
conversando entre si. Xena traja a sua mesma vestimenta de guerreira com a sua
armadura por cima do couro porém... A princesa guerreira também usa um longo
sobretudo negro onde o mesmo resvala em comprimento até abaixo de seus joelhos
deixando a mostra as suas botas de couro preto e as mangas de seu sobretudo resvalam
até os seus pulsos. A poetisa guerreira usa a sua mesma vestimenta de sempre,
pois a mesma caminha trajando um curto top carmesim com detalhes marrons claros
por envolto, sua saia curta de mesma cor resvala em comprimento até o início de
seus joelhos onde a rainha amazona usa também um longo sobretudo feito de peles
de cor marrom vivo e marrom bem claro quase branco onde este resvala em
comprimento até abaixo de seus joelhos deixando a mostra as suas botas carmesim
vivo quase preto enquanto Eva caminha ao lado de Gabrielle trajando um curto
top vermelho cobrindo os seios, uma saia marrom clara listrada com detalhes
marrom claro e marrom forte onde a mesma resvala em comprimento até os seus
joelhos e por cima de sua vestimenta, a mesma cobre todo o seu corpo usando uma
espécie de túnica verde feita com um tecido um pouco mais resistente e grosso
com detalhes listrados entre marrom claro e marrom forte semelhante à cor de
sua saia e tudo isso, n’uma tentativa de se proteger do frio sem desistir da
longa caminhada na busca de ajudar às almas que ainda sofrem.
Em
meio ao caminho, Eva indaga Gabrielle alegremente dizendo:
-
Gabrielle, você está animada para o solstício de inverno?
-
Claro que sim Eva. Eu amo o solstício de inverno. Para mim, é uma das
comemorações mais perfeitas do ano.
Neste
momento, Gabrielle fixa os olhos seus em Xena e se refere à mesma dizendo:
-
Xena... Você conhece a história do solstício de inverno?
Xena
então franze uma sobrancelha, fixa os olhos seus em sua amada poetisa guerreira
e lhe refere dizendo:
-
Apenas sei que é uma data comemorativa onde as pessoas trocam presentes e se
possível, ficam mais perto de seus familiares.
Gabrielle
então franze uma sobrancelha e lhe responde dizendo:
-
Isso é só o que todos sabem. Poucos sabem que há séculos atrás, o solstício de
inverno era chamado de Saturnália.
Confusa,
Eva então indaga a rainha amazona dizendo:
-
O que é uma Saturnália? Pode explicar isso Gabrielle...?
Gabrielle
então sorri mimosamente para Eva, repousa a sua destra em seu ombro esquerdo e
lhe refere dizendo:
-
Bem... Há relatos que dizem que a Saturnália era um festival romano em honra ao
deus Saturno que ocorria no mês de dezembro, exatamente
no solstício de inverno. As Saturnálias tinham início com grandes banquetes e
sacrifícios humanos ao deus Saturno; os participantes tinham o hábito de
saudar-se com a Saturnália, acompanhado por doações
simbólicas. Durante estes festejamentos subvertia-se a ordem social: os
escravos se comportavam temporariamente como homens livres; elegia-se, à sorte,
um "princeps" – que era uma espécie de caricatura da classe
nobre - a quem se entregava todo o poder. Na verdade a conotação religiosa da
festa prevalecia sobre aquela social e de "classe". O "princeps"
vinha geralmente vestido com uma máscara engraçada e com cores chamativas,
dentre as quais prevalecia o vermelho que era a cor dos deuses. Saturno era um
deus itálico e seu culto foi importado daqui mesmo da Grécia para Roma, como
ocorreu com diversos outros deuses. Diz à lenda que ele teria sido expulso do monte Olimpo por Zeus e se instalado no Capitólio, onde fundou um povo chamado
Saturnia. Acredita-se também que o deus Saturno foi acolhido por Jano, igualmente oriundo da Grécia.
Ao escutar o conto, Xena então
franze novamente uma sobrancelha, fixa os olhos seus em Gabrielle e lhe indaga dizendo:
- Se a Saturnália é uma festa
pagã, por que nós a celebramos até os dias de hoje?
Ao pronunciar tais palavras, a
princesa guerreira volta a fixar os olhos seus para frente; Gabrielle sorri por
mais uma vez e se refere à Xena e Eva dizendo:
- Aí vem a parte mais interessante
da história. Com a chegada do povo Israelita e o seu Deus Único, o povo quebrou
este ciclo de sacrifícios convertendo a festa pagã em uma comemoração bem mais
calma substituindo os sacrifícios ao deus Saturno pela troca de presentes entre
as pessoas e ao invés de comemorar a festa reverenciando o deus Saturno, o povo
Israelita substituiu pela ceia entre os familiares celebrando a paz e o amor.
Este é o verdadeiro sentido do solstício de inverno.
Eva então reverbera dizendo:
- Por Eli, sacrifícios humanos...?
Para reverenciar um deus?
Com pesar nos olhos seus,
Gabrielle então se refere à Eva dizendo:
- Eu sei... É triste saber que
ainda há pessoas que cometem tais crimes achando que isso lhes trará sorte em
uma colheita, uma vida próspera... Mas muitas das vezes eles não imaginam que
só fazem mal a si mesmos.
Eva então fixa os olhos seus em
sua mãe Xena e lhe refere dizendo:
- É triste saber de tais coisas
sim. Eu só queria que as pessoas descobrissem que existe o caminho da luz a ser
seguido. O caminho de Eli, o caminho do Deus Único.
Xena então fixa os olhos seus em
Eva e lhe consola dizendo:
- Hei Eva, lembre-se que é exatamente
por isso que nós estamos aqui. Nós precisamos lutar para acabar com esses
crimes, ajudar a todos aqueles que precisam de nós.
- Eu sei mamãe, eu sei, mas ainda
assim, é triste...!
Neste momento, Xena então fixa os
olhos seus em Eva e logo depois em Gabrielle e reverbera dizendo:
- Bem... Finalmente uma taverna.
Precisamos nos instalar aqui hoje a noite, pois as noites de inverno são bem
mais longas que o normal.
Gabrielle e Eva concordam e então,
as três aventureiras instalam seus cavalos no celeiro da taverna e adentram o
recinto. Ao passar pela porta, as aventureiras notam o chão de pedra, as
paredes de madeira são interligadas por vigas de madeira de sorveira brava, bem
em frente, o balcão feito de madeira com vários barris cheios do vinho do deleite
atrás, ao lado esquerdo do balcão uma escada que dá acesso aos quartos e
adjunto a escada, vários quadros e escudos de guerreiros pendurados enfeitam as
paredes de pedra, no centro da taverna, várias mesas se fazem esparzir pelos
lados da mesma; onde todas comportam seis cadeiras feitas de madeira de
sorveira brava e as lajes que as cobrem são revestidas de várias vigas de
madeira e assaz feno.
Xena então se refere à Gabrielle e
Eva dizendo:
- Eu falarei com o taverneiro e
tentarei arranjar comida e estalagem enquanto vocês procuram uma mesa,
entenderam?
Gabrielle então confirma que sim
com a cabeça e começa a caminhar com Eva a procura de uma mesa, pois para
piorar a situação, a taverna encontra-se cheia de loucos e bêbados onde um
d’eles repousa as suas mãos sobre a cintura de Eva segurando-a firmemente por
trás e ao sentir as mãos de seu opressor, Eva então abre bem os olhos seus e
reverbera em alto e bom som dizendo:
- UI, MAMÃE! Socorr...!
Antes mesmo que Eva pudesse
completar a frase, a mesma sente as mãos de Gabrielle repousarem sobre o seu
braço direito e então a mesma puxa Eva libertando-a do insensato onde neste
momento, Xena volta caminhando em direção ao insensato de embriaguez, passa na
frente de Gabrielle e Eva e ao se aproximar, a princesa guerreira aplica o
golpe em sua jugular bloqueando o fluxo de sangue para o cérebro daquele que
tentou desonrar sua filha e então, Eva se refere à Xena dizendo:
- Mamãe, por favor.
Xena então move a sua cabeça para
o lado direito horizontalmente e levanta o seu antebraço direito com os seus
dedos apontados para cima anunciando uma leve repreensão onde Eva se cala e
então a princesa guerreira se refere ao insensato dizendo:
- Faça isso de novo com a minha
filha e eu arranco os seus dois braços fora, entendeu?
O embriagado afirma que sim e
então a princesa guerreira desfaz o golpe libertando o homem onde após algumas
horas, Xena, Gabrielle e Eva conseguem um quarto onde as mesmas passam a noite
na taverna, mas o dia se faz presente e as três aventureiras voltam para a
estrada. Longas horas se passam até que então Xena, Gabrielle e Eva se deparam
com algo inusitado. No meio do caminho, as três aventureiras conseguem entrever
um grupo de guerreiros fortemente armados caminhando em sua direção dizendo:
- Matem a mensageira, matem-na!
Eva então reverbera para Xena e
Gabrielle dizendo:
- Há algo estranho com esses
guerreiros. Algo maligno os acompanha. Eles estão possuídos por demônios, eu
posso sentir isso.
Todas saltam de seus cavalos e Xena
então passa na frente de Eva, toma posse de sua espada e Gabrielle toma posse
de seus sais e neste momento, os guerreiros possuídos por demônios avançam até
Xena e Gabrielle e eis que um combate se inicia. Dois guerreiros avançam até
Xena onde o primeiro aplica um lance de espada, mas a mesma bloqueia o golpe
com a sua espada e então, a mesma o contra golpeia aplicando-lhe um chute
frontal atingindo o seu estômago e rapidamente, Xena aplica um segundo chute,
agora lateral atingindo a costela e logo em seguida, um terceiro chute
atingindo o peito do segundo guerreiro.
Dois guerreiros avançam até
Gabrielle onde o primeiro guerreiro aplica-lhe um golpe de espada, mas a rainha
amazona salta rapidamente, gira duas vezes no ar horizontalmente e ainda no ar,
a mesma abre as pernas e aplica um chute duplo atingindo a cabeça dos dois
guerreiros fazendo-os resvalar no chão.
Mais dois guerreiros avançam até
Xena onde rapidamente, a princesa guerreira salta e aplica um chute frontal
duplo atingindo a face dos dois guerreiros ao mesmo tempo fazendo-os resvalarem
no chão, onde subitamente, mais dois guerreiros surgem na frente de Xena onde
um deles aplica-lhe um soco cruzado de esquerda, mas Xena bloqueia o golpe
usando o seu antebraço direito e o contra golpeia aplicando-lhe um chute frontal
atingindo o seu peito fazendo-o resvalar no chão. Xena então aplica um salto
mortal e ainda no ar, a princesa guerreira abre as pernas e aplica um chute
lateral atingindo o ombro do ultimo guerreiro plantando os seus pés no chão e
então, Xena segura o guerreiro possuído pelas mãos imobilizando-o com o seu
joelho firmado em seu peito e então, Xena o indaga dizendo:
- Porque vocês estão tentando
matar minha filha...?
O guerreiro possuído apenas ri
macabramente e então, a princesa guerreira reverbera para Eva dizendo:
- Ele não irá falar, Eva; você
pode exorcizá-lo?
Eva então se concentra, repousa a
sua destra na testa do guerreiro e então reverbera por duas vezes dizendo:
- Em nome do Deus Único, eu te
exorcizo.
Neste momento, o guerreiro volta
ao normal e então, Xena o ajuda a levantar onde o mesmo se afasta do local sem
compreender o que houve e então, Gabrielle indaga Xena dizendo:
- Xena, o que está acontecendo...?
O que houve aqui?
Com certa preocupação nos olhos
seus, a princesa guerreira franze uma sobrancelha, suspira fundo e se refere à
Gabrielle dizendo:
- Eu também quero saber Gabrielle
e tenho a impressão que iremos descobrir logo!
Capítulo
II: Preocupação
Enquanto isso, em um mundo muito distante deste
universo; em um mundo paralelo onde Xena e Gabrielle não forma congeladas por
vinte e cinco anos e agora, as mesmas cuidam de Eva ainda criança:
Eva caminha a frente das duas guerreiras,
correndo atrás de qualquer coisa que voasse, a menina adora perseguir os
passarinhos, as borboletas, de vez em quando até alguns servos que se aventuram
nas margens para se refrescar também se tornam seu alvo, nem os insetos
pequenos escapam de suas excursões aventureiras, para a Eva tudo se torna
motivo para suas brincadeiras infantis, sempre sorrindo a menina com seu jeito
de travesso faz a vida de suas mães cada vez mais feliz, tanto Xena quanto Gaby
mantém os olhos atentos sobre as travessuras de sua pequena infante, as duas
mulheres conversam sobre a educação da pequena.
- Minha única preocupação é que Eva possa ter
uma infância normal como toda criança, Gabrielle. – Xena desabafa segurando as
rédeas do seu cavalo negro, enquanto sua amada faz o mesmo com o dela.
A poetisa olha para a princesa guerreira,
compreende e compartilhar da mesma angústia sobre o futuro da menina, ela mesma
já fora alvo de um poder sobrenatural, manifestado através de sua garota, as
duas sabiam que se Eva viesse a ser descoberta, não teriam paz e a menina seria
caçada, tanto por pessoas simples as procuras de cura para suas dores, como por
forças malignas, e assim não poderiam assegurar para Eva uma infância feliz.
- Eu sei Xena, também me preocupo com ela –
olha sua menina perseguindo os pássaros a sua frente.
Em suas descobertas Eva percebe que se
permanecesse parada por um tempo, os pássaros seriam enganados e cada aventura
se torna cada vez mais emocionante, por isso a menina coloca seu plano em ação:
fica parada, esperando o melhor momento para novamente correr em disparada
atrás de seu alvo preferido; os pássaros. Quando de repente, um passarinho
branco levanta vôo com uma rapidez fulminante, deixando sua perseguidora
paralisada por tal atitude por parte do alado que segue seu plano de vôo
rasante voando por cima da cabeça da menina que até pula na tentativa de
alcançá-lo, todavia logo desiste de seu intento, vendo que seu alvo está fora
de seu alcance.
- Precisamos mantê-la longe dos problemas – a
princesa guerreira visualiza as peripécias de sua filha, inclina a cabeça para
a direita e deixa um sorriso escapar - Devemos evitar as grandes vilas, e
também as estradas muito movimentadas.
Uma brisa mansa sopra no horizonte de repente e
logo as duas viajantes olham em volta a procura de abrigo antes do tempo
previsto, o dia que aparentava firme boa parte do tempo, contudo muda, se
transforma, formando nuvens negras por todo céu.
- Parece que vai chover Xena – Gabrielle
examina a situação notando o tempo frio.
A poetisa para a caminhada, se dirigindo até o
seu cavalo para buscar seu casaco de pele branca e para sua pequena uma touca
azul, e um casaquinho de mesma cor para cobrir Eva que se encontra novamente
correndo atrás agora de algumas borboletas. Xena ao ver a cena fica apenas
contemplando de braços cruzados, com um sorriso matreiro nos lábios, enquanto
pega os dois cavalos pelas rédeas, verifica com seu olhar habitual o melhor
local para montar um acampamento de urgência.
A rainha amazona fica parada observando os
trejeitos da garota travessa quando seu novo alvo também escapa de suas
brincadeiras.
A garota volta sua atenção para sua mãe Gaby
que caminha em sua direção segurando seu casaquinho e sua toca nas mãos, a
menina desiste por enquanto de mais uma aventura e procura atenção de sua mãe.
- “Mamãe, chede”- olha para Gaby que procura o
cantil em seu alforje, que sempre trás consigo pendurado transversalmente sobre
seu dorso.
A poetisa leva o cantil aos lábios da garota
que sorve o líquido com a pressa de sua idade infantil, mas logo o resultado é
a tosse. Gabrielle logo pega os braços da criança para levantar acima da cabeça,
a pele alva de Eva logo se torna de cor avermelhada, a poetisa então se
ajoelha, massageia o peito da menina que continua a tosse, agora de modo
amenos, a garota então se agarra ao pescoço de sua mãe, tossindo devagar em
minúsculos intervalos, seu abraço é forte em volta do pescoço de Gaby que não
reclama da força de sua menina, pois já está acostumada com os abraços de sua
amada Xena, da qual Eva herdava tamanha força desmedida.
A princesa guerreira caminha mais a frente e
encontra uma espécie de gruta, ela olha para trás e visualiza sua menina
enroscada no pescoço de Gaby. Ela deixa os cavalos soltos retirando, os
respectivos arreios, e retorna para junto de suas amadas.
- O que aconteceu? - Xena observa que sua garota está quieta
demais.
- Ela se engasgou com a água, mas acho que
dormiu – Gaby fala assim porque também percebeu a quietude da menina.
Xena dar a volta em torno da poetisa para ver
se Eva dorme realmente, chegando perto o suficiente para sentir sua respiração
leve, mostrando assim que sua garotinha se encontra profundamente adormecida.
- Estar realmente dormindo, - arqueia a
sobrancelha mostrando alivio ao ver a pequena travessa quieta por alguns
minutos - Vamos adiante, encontrei uma gruta. – indica com a mão esquerda a
direção a seguir.
A gruta apesar de não ser grande, se mostra
bastante aconchegante, quando os primeiros pingos de chuva se fazem presente,
quase molhando as duas mulheres e a criança adormecida, nos braços de sua mãe.
Com uma curta corrida, adentram o recinto às pressas, Xena entra primeiro para
terminar sua verificação do ambiente, acha um cantinho e forra o chão áspero
com uma manta, fazendo uma cama, para que Gaby deposite sua carga preciosa.
- Vou catar alguns galhos para improvisar uma
fogueira – avisa a princesa guerreira que logo some para realizar sua tarefa.
Gabrielle por sua vez, se ocupa com os
utensílios domésticos e os alimentos a serem consumidos pelas duas guerreiras e
por sua menina quando despertar dos sonhos infantis. Quando tudo já encontra a
postos sobre outra manta de cor cinza, a princesa guerreira retorna com os
galhos em seus braços, coloca no chão armando-os na forma oval e com o auxílio
de duas pedras grandes, ela esfrega as duas pedras e logo surgi às primeiras
faíscas, Xena transposta o fogo para a fogueira, transformando-se logo em
brasas pequenas, aquecendo o ambiente, depois ela torna a realizar uma última
varredura pelo local.
Enquanto isso lá fora o temporal desaba, a
natureza revela toda a sua intensidade, uma enorme concentração de água forma
verdadeiras mini-lagoas em torno das escavações da terra.
A comida logo é preparada pela poetisa que
cantarola baixinho uma canção infantil, movimentado seu corpo no ritmo da
música que aos poucos embala todos os seus movimentos, ela simula ninar Eva, dobrando
seus braços um de encontro ao outro, abaixo de seus seios, de repente ela se
levanta num átimo e canta cada vez mais alto, dessa vez rodopiando em torno da
fogueira recém construída.
Xena ouve um barulho e as pressas se dirige ao
local onde se origina o tal evento estridente, com sua espada na mão, apressa
cada vez mais o passo, pensando em proteger Eva e Gabrielle de um eventual
ataque maciço de inimigos, que cantam?
A princesa guerreira fica paralisada quando
descobre a verdadeira origem da falta de silêncio, perplexa não consegue se
mexer permanecendo estática onde se encontra, ela cruza as pernas e se inclina
repousando seu corpo em uma das paredes da gruta, onde o acampamento foi
montado, aliviada Xena baixa sua espada e observa o desempenho da poetisa
dançando e cantando a canção favorita de Eva:
“Brilha, brilha estrelinha
Quero ver você brilhar
Faz de conta que é só minha
Só pra ti irei cantar.
Quero ver você brilhar
Faz de conta que é só minha
Só pra ti irei cantar.
Brilha, brilha estrelinha
Brilha, brilha estrelinha
lá no alto do céu
Brilha, brilha estrelinha
lá no alto do céu
Tu que és pequenininha.
Brilha, brilha estrelinha
Brilha, brilha lá no céu
Brilha, brilha lá no céu
Noite a noite veja bem,
Fico triste se não vem.
Fico triste se não vem.
Brilha, brilha estrelinha
Brilha, brilha lá no céu
Brilha, brilha lá no céu
Olha só repare bem,
Já dormiu o meu neném.
Já dormiu o meu neném.
Brilha, brilha estrelinha
Brilha, brilha lá no céu”.
Brilha, brilha lá no céu”.
A
última estrofe é cantada de forma lenta e progressiva e com muito sentimento,
pois lá fora a estrelinha hoje não surgiu, por causa do temporal que se abate
naquele lugar, deixando as três ilhadas dentro da gruta, ela agradece no intimo
de seu coração por achar aquele abrigo de forma milagrosa, pois aquele local
parecia inóspito e árido e pouco vegetativo, uma longa estrada sem abrigos
contra um provável ataque repentino, e as guerreiras sempre alertas com seus
olhares, buscando sempre, lugares para se proteger de qualquer ameaça.
Gabrielle
canta por duas vezes a mesma canção sempre dançando e rodopiando demonstrando
seu estado de felicidade plena, pois ela sabe que tinha tudo em suas mãos para
ser feliz, uma filha linda, ativa e só um pouquinho peralta, ela pensa e sorri
ante o pensamento, havia também conquistado o amor de sua vida a Xena que por
longos anos compartilharam uma grande amizade e cumplicidade, desenvolvendo aos
poucos um amor sublime, capaz de sobreviver a tudo e a todos, inclusive a até a
morte.
Eva
continua a dormir tranquilamente, vira por três vezes, trocando de posição, sob
o olhar atento de Xena que na espreita continua a observar sua amada poetisa
cantar e dançar, sem perceber sua mini platéia, apesar de todo o barulho que a
amazona faz ao término da canção de ninar. Gabrielle voltar para seus afazeres
depositando os alimentos em seus respectivos pratos, porém ainda cantarola
agora baixinho a mesma canção.
Antes
que Xena possa se aproximar de Gabrielle, Eva desperta se levantando
rapidamente da cama improvisada, ela senta e coça sua cabeça loira por alguns
segundos, olha para os lados tentando ajustar sua visão e vê sua mãe parada
encostada na parede da gruta, apoiando suas pequeninas mãos no chão consegue
enfim ficar de pé sozinha e vai ao encontro de Xena.
-
“Mamãe, mamãe” – a pequena puxa as faixas de seu saiote.
Ao
ouvir a voz de sua menina, Gaby olha para trás e visualiza a figura da princesa
guerreira, e começa a rir, pois sabe que Xena com certeza já estava ali há
muito tempo. A guerreira de cabelos negros carrega sua filha nos braços passa
por Gabrielle e vai lá fora, pois percebe que a chuva passou e o sol reina no
céu.
-
Gaby, vamos descansar lá fora – fala de onde estar, na entrada da gruta.
A
poetisa não perde tempo pega todas as mantas disponíveis, deixando os alimentos
dentro da gruta e sai ao encontro das duas que já estão lá fora brincando.
-
Voar, mamãe, voar – Eva pede sua brincadeira favorita, onde logo é atendida,
Xena a ergue para o alto, deita seu corpinho sobre seus braços e simula um voou
rasante, levando sua garotinha ao delírio de felicidade, após inúmeros vôos,
Gabrielle que já terminara seu serviço chama as duas para descansar, deitadas
sobre as mantas ainda brincam com bonequinhos feitos de palhas, aos poucos Eva
adormece outra vez cansada pelas brincadeiras, Xena e Gabrielle também embarcam
para o mundo dos sonhos.
O
dia está lindo, o sol radiante, os pássaros cantam até o farfalhar do vento
pode ser ouvido com clareza, onde a temperatura ambiente se mostra agradável,
uma tarde perfeita para repousar depois de uma longa jornada ainda sem fim.
Capítulo III:
Revelações
Voltando
ao mundo de Eva adulta, Xena, Gabrielle e Eva conversam entre si perguntando a
si próprias o motivo dos guerreiros atacarem Eva onde neste momento, Gabrielle
se refere à Xena dizendo:
-
Xena... O que está acontecendo? Os portões do inferno foram fechados após o
apocalipse. Como esses demônios conseguiram vir a terra?
Xena
então franze uma sobrancelha, suspira fundo e se refere à poetisa guerreira
dizendo:
-
Os portões do inferno foram selados sim Gaby, mas Lúcifer ainda está solto no
mundo. Ele tem poder suficiente para trazer demônios de classe baixa. Eu só
ainda não entendo o que eles querem com a minha filha.
Eva
então fixa os olhos seus em Xena e lhe refere dizendo:
-
Eu tenho uma vaga impressão que Lúcifer deseja me matar por causa do meu
destino como mensageira do Deus Único mamãe.
A
princesa guerreira então semicerra os olhos seus e reverbera dizendo:
-
Mas é claro. Matando a minha filha, esse filho de uma bacante terá alguma
vantagem em algum de seus planos malignos.
Gabrielle
então fixa os olhos seus em Xena e se refere à mesma dizendo:
-
Mas quais planos podem ser esses Xena...?
-
Eu ainda não sei, mas precisaremos descobrir isso logo. Precisamos nos afastar
desse local, pois podem surgir mais guerreiros possuídos por demônios.
Neste
momento, Eva sente uma leve dor de cabeça e então a mesma repousa a sua destra
em sua têmpora direita ao mesmo tempo em que uma forte tontura toma conta de
sua mente e de seu corpo e então; Xena e Gabrielle seguram-lhe pelos braços
impedindo que a mensageira do Deus Único resvale no chão, desmaiada e então; a
rainha amazona se refere à Xena dizendo:
-
Xena, o que nós iremos fazer agora? A Eva está fraca.
Xena
então se refere à Gabrielle dizendo:
-
Só pode ter sido por causa do exorcismo. Precisamos tirar Eva daqui e encontrar
um lugar para passarmos a noite. A Eva precisa descansar.
Eva
então reverbera dizendo:
-
Eu estou bem... Não se preocupem comigo.
Xena
então fixa os olhos seus em Eva e lhe responde dizendo:
-
Não discuta comigo mocinha. Você precisa descansar enquanto eu e Gabrielle
investigamos o que está acontecendo.
Eva
então sorri mimosamente para Xena e Gabrielle e então Xena, Gabrielle e Eva
montam em seus respectivos cavalos por mais uma vez e começam a cavalgar em
busca de um local para permanecerem até Eva recuperar as energias gastas pelo
exorcismo.
Após
longos minutos cavalgando, as três aventureiras encontram um denso bosque onde
as mesmas armam acampamento. Xena então se afasta do acampamento para caçar
deixando Gabrielle e Eva conversando. Após alguns minutos, a princesa guerreira
volta trazendo consigo um coelho onde a mesma o entrega para a poetisa
guerreira para então cozinhá-lo e assim a rainha amazona o faz.
Em
meio ao almoço, Eva então fixa os olhos seus para o nada a sua volta e se
refere à Xena dizendo:
-
Mamãe, tem idéia do que possa estar acontecendo?
Xena
então suspira lentamente, Gabrielle fixa os olhos seus em Xena e então a
princesa guerreira fixa os olhos seus em Eva e lhe responde dizendo:
-
Eu ainda não sei Eva. Sei apenas que Lúcifer está por trás disso tudo, eu só
ainda não sei o motivo.
Gabrielle
então suspira profundamente, franze uma sobrancelha mentre deixa escapar um
pequeno e único som como um leve riso e reverbera dizendo:
-
Se Amandriel estivesse aqui, saberíamos em detalhes o que está acontecendo.
Neste
momento, subitamente, uma névoa negra se faz esparzir e toma o local por
completo e então; vários guerreiros possuídos por demônios surgem diante de
Xena, Gabrielle e Eva e então; uma silhueta masculina toma forma. Seu corpo é
negro com detalhes em carmesim permeado em uma armadura negra, os olhos seus
são de puro fogo, em sua testa, um par de chifres e o mesmo carrega uma espada
de gume negro. O próprio Lúcifer então reverbera em gargalhadas alheias
dizendo:
-
Prepara-te a vossa espada Xena, pois ceifarei a alma da mensageira e tu não
poderás impedir.
Xena
então toma posse de sua espada, franze uma sobrancelha, sorri maleficamente
para Lúcifer e lhe responde dizendo:
-
É o que veremos...!
Neste
momento, Lúcifer se desmaterializa rapidamente se materializando diante de Eva
deixando Xena e Gabrielle perplexas por alguns segundos e então; o rei das
trevas aplica um lance de espada cravando-a no peito de Eva, mas em meio ao
golpe, uma luz muito intensa assoma atrás de Eva, uma silhueta masculina
segura-a firmemente e assim, a luz se intensifica ainda mais ofuscando a visão
de todos e assim, os guerreiros possuídos por demônios e até mesmo Lúcifer
desaparecem rapidamente enquanto a silhueta levanta vôo carregando consigo a
filha de Xena afastando-a das trevas, mas assustada, a mesma indaga para a
silhueta dizendo:
-
Quem é você...? O que quer de mim...?
Os
lábios seus, não se movem, mas sua voz calma e gentil dessa forma branca sai de
dentro dela dizendo:
-
Acalma-te criança, pois eu sou contigo!
A
silhueta de luz liberta Eva pousando-a no chão diante de Xena e Gabrielle e
então, a silhueta ganha forma revelando a sua verdadeira identidade onde Xena o
indaga dizendo:
-
Amandriel...?
Deitada
no chão com a princesa guerreira em desespero a seu lado, Eva então regurgita a
nódoa escarlate pelos lábios seus e então, Amandriel toca os seus dedos
indicador e médio na testa de Eva onde uma pequena luz assoma diante de todos e
então; ao remover os dedos, uma surpresa deixa todos perplexos, Amandriel então
reverbera dizendo:
-
Meus poderes não estão funcionando.
Gabrielle
então o indaga dizendo:
-
Como assim Amandriel...?
O
Serafim então se refere à Xena e Gabrielle dizendo:
-
Voltarei para o céu procurar respostas e investigar o que se passa.
Xena
então se refere ao jovem Serafim em desespero dizendo:
-
Não deixe minha filha morrer Amandriel.
-
Não deixarei. Cuidem dela até eu voltar, eu prometo que nós a salvaremos Xena.
Neste
momento, o jovem Serafim se desmaterializa deixando Xena e Gabrielle cuidando
de Eva e então; a princesa guerreira se refere à Gabrielle dizendo:
-
Gabrielle, eu consegui ver algumas ervas do soldado há alguns metros atrás, eu
irei buscá-las.
-
Tudo bem Xena, mas não demore. Não sabemos que tipo de ferimento é esse que nem
mesmo Amandriel conseguiu curar.
Xena
então afirma com a cabeça, monta em Argo II e refaz o caminho cavalgado onde após
alguns poucos minutos, a mesma volta ao acampamento improvisado trazendo
consigo algumas folhas e ervas – logo, a princesa guerreira faz uma bolsa de
ervas com a planta adquirida e coloca-a por cima do ferimento de Eva onde neste
momento, Gabrielle indaga Xena dizendo:
-
O ferimento foi muito profundo?
-
Não tão profundo, mas foi perto do coração. Lúcifer teria conseguido matá-la se
Amandriel não chegasse a tempo.
Alguns
momentos se passam e então, Gabrielle repousa a sua destra na bolsa de ervas
removendo-a levemente e percebe que o ferimento continua aberto e então Xena
repousa a sua destra na testa de Eva e observa também que a mesma se encontra
com febre nas faces onde um leve palor já se assoma em sua tez e os lábios seus
começam a ficar azulados onde o desespero se assoma no coração tanto de Xena
quanto de Gabrielle.
Neste
momento, subitamente, Amandriel se materializa diante de Xena, Gabrielle e Eva
onde rapidamente o mesmo fixa os olhos seus em Xena e Gabrielle e então, a
princesa guerreira se refere ao mesmo dizendo:
-
O que você descobriu Amandriel?
-
As notícias não são boas Xena. Em verdade vos digo que Deus me revelou o que
está acontecendo. Eva fora ferida pela espada negra de Lúcifer e lenimento
algum desta época pode sanar. Xena; há frestas no universo que podem levar para
outros mundos paralelos e Lúcifer descobriu isso e já viajou entre os mundos
para matar Eva em um mundo paralelo. Deus nos ordenou uma nova missão Xena; nós
precisamos salvar Eva neste mundo paralelo das mãos de Lúcifer, pois a resposta
para a cura de Eva aqui se encontra no outro mundo e se Lúcifer conseguir matar
Eva no outro mundo, o universo entrará em um cataclisma e tudo o que existe no
mesmo, deixará de existir, pois no momento em que o rei das trevas matar Eva no
mundo paralelo, Eva aqui irá sumir subitamente e isso afetará todo o universo,
pois para piorar a situação, a sua filha é a mensageira do Deus Único e sabendo
disso, Lúcifer deseja matá-la para conseguir conquistar tudo o que existe e
então, o mesmo trará o inferno para a terra.
-
Eu farei de tudo para salvar Eva e se eu precisar ir até esse mundo paralelo ou
no inferno, eu irei, mas não deixarei a minha filha morrer.
Gabrielle
então fixa os olhos seus em Xena e logo em seguida no jovem Serafim e
reverbera:
-
Nós não deixaremos a Eva morrer. Ela não morrerá agora. Iremos todos juntos
para salvá-la.
Xena
então fixa os olhos seus em Amandriel e lhe refere dizendo:
-
Amandriel, eu preciso que você me faça um favor. Nos leve até a casa de Lila,
pois não podemos deixar Eva sozinha aqui neste mundo.
-
Tudo bem Xena.
Neste
momento, Amandriel materializa Xena, Gabrielle e Eva até a casa de Lila aonde
chegando à mesma, Xena e Gabrielle revelam o decorrer dos fatos ocorridos e
então, Lila e Sarah passam a cuidar de Eva.
Xena
então toma Eva nos braços como uma criança e a deita na cama de Sarah na alcova
da mesma onde as mesmas permanecem cuidando da filha da princesa guerreira.
Neste
momento, Amandriel então fixa os olhos seus em Xena e Gabrielle e reverbera
dizendo:
-
Vocês estão prontas?
Em
desespero, mas ainda assim, firmes e prontas para uma nova batalha contra
Lúcifer, Xena e Gabrielle afirmam que sim com a cabeça.
Capítulo
IV: O Encontro
Uma
luz poderosa cerca os três passageiros que viajam entre os mundos cruzando as barreiras
do universo, Xena, Gabrielle e o Serafim do Deus Único, Amandriel. Tempo e
espaço deixam de existir, dando continuidade a uma vida pregressa passada nunca
vivida por nossas heroínas. Faixas de luzes perpassam pelos corpos dos mesmos,
circulando também toda a vida existente, Xena e Gabrielle tentam ficar de olhos
abertos para contemplar toda a maravilha ao seu redor, enquanto Amandriel em
sua forma de Serafim e em todo o seu esplendor divino olha para o alto, abre
seus braços e fecha todas as suas asas em redor de suas protegidas.
As
duas guerreiras não conseguem manter por muito tempo os olhos abertos, tudo
gira, cores variadas são intensificadas, e uma espécie de topor toma conta de
seus corpos, adormecendo as mesmas.
Parecia
uma eternidade, mas a viagem é concluída em segundos, a luz desaparece e todo o
esplendor da viagem temporal ganha uma forma natural, agora com os pés em terra
firme a pequena tripulação sente que já chegou ao seu destino.
Uma
nova primazia se aproxima e um novo recomeço para ambos?
Xena
é a primeira a sair do torpor e contemplar... A Grécia? A guerreira não entende
o que acontece, esperava por algo, quem sabe diferente, talvez um pouco
exótico, talvez... Ela já não sabe o que pensar e fica decepcionada com toda a
aquela viagem, primeiro exuberante, depois..., depois era só aquilo, a Grécia
sua terra natal, olha ao seu redor, reconhecendo rapidamente aquele local, onde
algumas vezes acampou com Gaby e outras vezes com alguns amigos, no tempo em que
servia ao deus da guerra, estática diante desta realidade permanece num estado
de mudez.
A
poetisa é a próxima a reconhecer o lugar no abrir de seus olhos verdes, pisca
duas vezes para se adaptar a luz natural. Ela gira em torno de si mesma e
sorri, ao perceber que nem saíram do lugar, quanto mais viajar pelo tempo e o
espaço entre os mundos, será que o Serafim errou o percurso? Perdeu-se durante
a jornada? Porque ainda estavam na Grécia! Talvez até perto de sua casa, ela
olha para Xena e vê a decepção estampada em sua face, a princesa guerreira fixa
seus olhos azuis cheios de raiva para Amandriel, que não se sabe como errou o
percurso, arriscando ainda mais a vida de sua filha que se encontra entre a
vida e a morte na casa de Lila, provavelmente ainda poderiam retornar para lá,
só que dessa vez correndo.
Amandriel
percebe toda a revolta interna de sua protegida e antes que uma só palavra se
forme na boca da guerreira ele aponta seu dedo indicador na direção contrária.
-
Olhai. - a princesa guerreira e Gabrielle estão de frente para o Serafim que
estar com todas as suas asas fechadas em si mesmo, Xena no primeiro plano e a
poetisa no segundo e com esse movimento, Amandriel faz com que a feroz
guerreira se vire e olhe estupefata para o que vê agora.
Ela
não acredita nos seus olhos, esfrega com bastante força, para eliminar do seu
raio de ação aquela visão impossível, seria alucinação? Ou mais uma armadilha
de Lúcifer? Mas era Amandriel que apontara naquela direção, olha para ele que
permanece altivo, seu semblante não revela nenhum sentimento, engole seco e
fica paralisada diante da figura que se aproxima correndo de braços abertos.
A
garotinha ao acompanhada por um passarinho branco, ao visualizar sua mãe corre
ao seu encontro gritando.
-
“Mamãe, mamãe” – Eva quase tropeça em uma pedra pequena, fazendo com que Xena
se lance e corra também ao seu encontro para evitar a queda da menina.
Com
os olhos marejados Xena se agacha e abre os braços para receber Eva, que por
sua vez abraça com força sua genitora, puxando alguns fios de seus cabelos, mas
depois alisa em seguida, fazendo carinho. Xena agarra sua menina ainda sem
acreditar como seria possível, que sua filha ainda fosse bebê. Ficam assim
durante algum tempo abraçadas, quando a menina percebe também a presença da
rainha amazona, se desvia dos braços da guerreira com facilidade e sem
cerimônias se pendura no pescoço de Gaby, que sem reação instintivamente se
abaixa e recebe o forte afeto daquela menina.
-
“Mamãe, ainho”- Eva aponta para o alto mostrando o seu guia.
Gabrielle
fica sem palavras diante daquela cena familiar, conhecia sim a Eva e se
lembrava do tempo em que cuidou da menina, que não se sabe como, ainda
permanecia em seu estado infantil. As guerreiras ficam contemplando a face da
criança, não há palavras para serem proferidas.
Vários sentimentos se misturam ao mesmo tempo, depois um só assume o
lugar de destaque, o sentimento da felicidade.
Amandriel
permanece em seu lugar, agora na figura de André que sorri ao ver tamanha
alegria compartilhada entre suas amigas guerreiras, o encontro é emocionante e
o faz chorar, ele claro disfarça, enxugando rapidamente os fios de lágrimas que
teimam em escorrer pelo canto dos olhos.
-
“Mamãe” – a menina esfrega a barriguinha com ambas as mãos – “Fome” – fala de
modo simples e direto.
As
guerreiras se entreolham com ar de interrogação.
O
que será que ela come? Pensa Xena coçando a cabeça em semicírculos, elas não
trouxeram consigo nenhuma comida, especialmente alimentos para bebê. Olha para
Gaby que responde com uma interrogação não sabendo o que fazer.
-
Em verdade vos digo que talvez ela coma... Peixe frito – responde Amandriel na
forma de sua casca humana, André, mesmo sem ser convidado.
Xena
então se levanta e se prontifica para pescar, Eva se desgarra rapidamente da
poetisa e agarra a mão da princesa guerreira, ficando assim na ponta dos pés
para alcançar seu objetivo. A guerreira observa sua filha pequena, carrega nos
braços, aperta contra o peito num instinto materno de proteção, sorrindo sem
parar caminha na direção do minúsculo rio que se encontra logo à frente.
Gaby
acompanha as duas com o olhar para em seguida também, traçar seus passos na
mesma direção, seguida de perto por André, que sorridente partilha daquele
momento sublime para as duas mulheres.
-
Como é possível, Amandriel? – não nota que Amandriel toma a sua forma de
Serafim novamente.
-
Trouxe-lhe aqui, para
uma nova batalha, mas sabei-lo; iremos contra tudo agora. Muitos tentarão nos
impedir. – ele fala como por enigmas com sua calma habitual.
Gabrielle se assusta ao
ouvir a voz de Amandriel no corpo de André e as tais palavras, “nova batalha”
ele, porém continua sua linha de pensamento.
- Trouxe-lhe também para
que pudesse vivenciar mesmo por pouco tempo, este presente, Eva ainda criança,
ela é a chave para a cura da outra Eva em sua forma adulta. – Amandriel revela
parte da sua viagem.
- Porque a Grécia! Eu
pensei que você estivesse perdido durante o trajeto – Gaby enfim desabafa.
- Mesmo neste mundo
paralelo, a Grécia é o lugar onde Eva vive... – repentinamente ele se cala e
desmaterializa diante da poetisa, que surpresa não entende o que estar
acontecendo.
Novamente
ele retorna, agora em seu estado divino, seu semblante, porém nada revela.
-
O que foi? – indaga Gabrielle.
-
Eu não sei, eu me sinto estranho...!
Forças do mal se aproximam sorrateiramente, preciso detê-los antes que o ciclo
se feche. Retornarei. – com isso ele outra vez desmaterializa na mesma
velocidade da luz.
Gaby
sozinha então encontra Xena e Eva pescando, claro, a princesa guerreira pesca
ao seu modo particular, com os pés dentro do rio, ouve o som dos peixes
buscando-os com as mãos para o delírio de sua menina, que entusiasmada bate
palmas a cada peixe fora da água. A princesa guerreira olha para Eva com imensa
alegria, sabia que não podia ficar para sempre, mas queria permanecer ao máximo
de tempo possível.
Gabrielle
contempla a cena mãe e filha um pouco a distância, apesar de a menina chamá-la
de mãe, não sabia como se comportar naquela situação e não queria atrapalhar
esse encontro precioso entre Xena e sua garotinha.
Eva
olha para trás e vê a rainha amazona, seus olhos estão tristes e menina
percebe, deixa os aplausos por um momento e vai ao encontro da poetisa.
-
“Mamãe, mamãe”– Gaby se abaixa para recebê-la outra vez. – “Cainho mamãe,
cainho” – acaricia com tamanha delicadeza a face da poetisa que chora ao sentir
o afago da menina em seu rosto e suas palavras amorosas. – “Não chole, mamãe” –
ela diz vendo as lágrimas da poetisa molhar seu rosto.
-
É choro de alegria docinho, eu estou muito feliz, por ver você – Eva para, olha
para Gaby e não entendi.
Nisso
Xena retorna da pescaria sentido a falta de sua ajudante, ao mesmo tempo em que
percebe que sua amada estar chorando.
-
Aconteceu algo? – Sem dar tempo para a resposta, olha em frente e não vê
Amandriel – Onde estar àquele tratante, quero agradecê-lo pelo presente, quando
vê que Gaby não responde, chega mais perto das duas, para tentar entende o
ocorrido.
- Gaby, o que aconteceu? – se mostra mais
preocupada porque a poetisa agora chora com mais força. – Hei, – toca o rosto
de sua amada – me conte o que aconteceu, foi o Amandriel? Ele te fez chorar?
A
poetisa sinaliza com a cabeça negativamente, as lágrimas insistem em molhar sua
face. Eva fica parada, pois não sabe o que fazer, saindo de perto das duas
mulheres, caminha até um galho e colhe pequenas flores amarelas de extrema
delicadeza, retorna pelo mesmo caminho e oferece duas flores para Gaby e duas
flores para Xena que recebe e também começa a chorar, deixando a menina paralisada
com aquele efeito inesperado das flores, vendo a reação delas chorarem também.
Xena
se recompõe e carrega Eva nos braços as pressas para acalmá-la, Gaby percebe
que o choro da menina nada mais é que uma reação a tanta choradeira
aparentemente sem sentido para a garotinha, enxuga suas lágrimas, se contém
diante das emoções e se junta a Xena para acalmar a garotinha, que vendo suas
mães sem chorar também para.
-
“Mamãe, fome” – torna a lembrá-las de sua necessidade.
-
Os peixes, Gaby só falta limpar. – a princesa guerreira anuncia ao mesmo tempo
em que revela que sua tarefa está concluída.
A
poetisa não perde tempo caminha até onde os peixes se encontram e inicia sua
tarefa. Eva escorrega dos braços da guerreira, puxando-a pelo saiote, a leva
para catar os gravetos, para então se fazer uma forquilha, onde os peixes serão
assados. Xena entende o que menina deseja sem proferir uma palavra.
Elas
passam toda à tarde, as duas guerreiras juntas brincam com Eva, porém
preocupadas com a ausência de Amandriel que retorna naquele instante na forma
de André.
-
Onde estava? – indaga a presença guerreira - Estávamos preocupadas sem ter
notícias.
Ele,
porém nada revela se mantém estático, fica apenas observando Eva brincar no
colo de Gaby, sem resposta, a guerreira volta às brincadeiras com sua menina.
-
Voar mamãe, voar – Eva pede sua brincadeira preferida, levanta seus braçinhos
para cima esperando que sua mãe realize seu desejo, porém Xena não entende o
que significa aquele pedido.
Amandriel
que se encontra na forma de sua casca humana André se aproxima de Eva, para por
um instante e olha em seus olhos azuis, a menina semicerra seus olhos, pois vê
algo estranho, seriam duas pessoas? Ou o passarinho? Ela continua examinando
Amandriel com cuidado, ele, contudo abre um largo sorriso e a convida para
voar.
-
Se desejar alcançar os céus, posso eu passear contigo minha criança – seu
sorriso ilumina sua face e desarma Eva que parecia não confiar nele.
Ela
abre seus braçinhos novamente, quando as asas de Amandriel ganham força e se
abrem completamente, ele a carrega nos braços e alça vôo, para o completo
deleite da menina, eles voam por um longo tempo, vôos rasantes, altos, de
cabeça para baixo entre outros inimagináveis, Eva é pura felicidade, sua face
se encontra totalmente rosada, um lindo sorriso franco e aberto, estampa e
ilumina seu rosto.
-
Não precisa se aparecer só porque tem asinhas – Xena retoma sua filha quando o
jovem Amandriel retorna dos vôos prolongados, ela praticamente puxa Eva dos
braços do Serafim que some imediatamente, deixando Amandriel assumir o
controle.
-
Não podemos permitir que a horda de demônios a encontre, dê-me ela Xena agora, em verdade vos digo, a
manterei segura no Jardim do Éden, paraíso do Deus Único.
A princesa guerreira não
titubeia diante da ordem recebida mesmo de modo brusco, por que a sua frente
ela vê se aproximar uma horda de guerreiros, os demônios, servos leais de
Lúcifer, imediatamente chama Gaby e se preparar para a batalha, quando
Amandriel retorna e também se posiciona.
- Em verdade vos digo que
Eva está salva, não se preocupe. – dizendo isso avança.
Capítulo
V: A Cura
Neste
momento, Lúcifer assoma diante de Xena, Gabrielle e Amandriel com uma horda de
guerreiros possuídos por demônios e então; com uma voz macabra em gutural, o
rei das trevas reverbera dizendo:
-
Curvem-se diante de seu novo mestre; servos meus ora, pois é chegada a hora em
que eu possuirei a alma da mensageira daquele que se diz o único Deus a ser
seguido.
Xena
então franze uma sobrancelha e de modo sarcástico, a mesma então se refere a
Lúcifer dizendo:
-
Lucirone... Há quanto tempo. Não perdeu ainda essa sua mania de sonhar alto,
estou certa?
-
Enquanto a você Xena, ainda não deixou a sua insolência. Pagará por teu erro
com a tua alma.
-
Isso, é o que iremos ver.
Xena
então aplica um salto mortal duplo ao mesmo tempo em que reverbera o seu grito
de guerra plantando finalmente os seus pés no chão diante de Lúcifer. Enquanto
isso, três guerreiros avançam até a poetisa guerreira onde o primeiro
aplica-lhe um jeb de direita, mas a poetisa batalhadora se esquiva, segura o
pulso do guerreiro usando a sua destra e o contra golpeia aplicando-lhe uma
cotovelada em seu peito e então a mesma termina o golpe aplicando um chute frontal
usando a sua perna direita atingindo o estômago do segundo guerreiro à sua
frente ao lado do guerreiro do meio e por fim, mais um chute frontal usando a
mesma perna agora para trás atingindo o estômago do terceiro guerreiro ao lado
do guerreiro do meio fazendo-os resvalar no chão.
Subitamente,
mais quatro guerreiros assomam diante de Gabriele onde a mesma aplica um salto
mortal para trás bem próximo dos dois primeiros guerreiros fazendo os seus pés
atingirem perfeitamente as faces dos mesmos fazendo-os então resvalarem no chão
onde a rainha amazona planta novamente os seus pés no chão voltando a sua
posição de ataque com os sais em suas mãos onde neste momento, os outros dois
guerreiros avançam ainda mais e desferem ao mesmo tempo um lance de espada verticalmente
pela esquerda e direita em direção dos ombros de Gabrielle, mas a mesma
bloqueia rapidamente os golpes usando os seus sais e então; a poetisa
batalhadora aplica um chute lateral usando a sua perna direita atingindo o
estômago do guerreiro posicionado à sua esquerda e logo após, a mesma aplica
mais um chute lateral atingindo o estômago do guerreiro posicionado à sua
direita deixando-os desorientados e então, Gabrielle apóia os seus pés no chão,
salta e gira no ar horizontalmente em um ângulo de trezentos e sessenta graus e
ainda no ar, Gabrielle aplica um chute frontal usando a sua perna direita
atingindo a cabeça do guerreiro posicionado à sua esquerda e então, a mesma
planta novamente os seus pés no chão e aplica um chute lateral usando a sua perna
esquerda atingindo perfeitamente o peito do segundo guerreiro fazendo-os
resvalarem no chão.
Enquanto
isso, quatro guerreiros assomam diante de Amandriel e então, o primeiro
guerreiro posicionado à sua direita aplica um lance de espada, mas o Serafim o
bloqueia usando a sua espada de fogo onde neste mesmo momento, um segundo
guerreiro posicionado à sua esquerda aplica um novo lance de espada, mas o
jovem Serafim bloqueia o golpe usando novamente a sua espada e então, Amandriel
gira em um ângulo de cento e oitenta graus e aplica um lance de espada
atingindo o peito dos guerreiros possuídos por demônios onde os mesmos resvalam
no chão. Amandriel então gira mais uma vez rapidamente ficando assim de frente
para os outros dois guerreiros e suas órbitas dos olhos seus passam a tomar uma
cor azul, onde a luz se intensifica e então, vários guerreiros possuídos são
exorcizados na batalha.
Enquanto
isso, Lúcifer aplica um golpe de espada na direção do peito de Xena, mas a
mesma bloqueia o golpe usando a sua própria espada e então, a princesa
guerreira toma posse de seu chakram e o lança usando a sua mão esquerda atingindo
perfeitamente o peito de vários guerreiros possuídos fazendo um circulo
perfeito se choca contra uma espada de um dos guerreiros ricocheteando e então,
o mesmo volta para as mãos de Xena onde a mesma o prende novamente em sua
cintura.
Neste
momento, Lúcifer aplica um soco cruzado de direita, mas Xena bloqueia o soco
usando também a sua destra fazendo os braços tanto de Lúcifer quanto de Xena se
cruzarem e então, o rei das trevas aplica um chute frontal atingindo
perfeitamente o estômago de Xena fazendo-a voar e se chocar contra um arvoredo,
tamanha a força do demônio onde neste momento, Amandriel levanta vôo avançando
em Lúcifer e aplica um lance de espada na direção da cabeça do mesmo, mas o rei
das trevas bloqueia o golpe levantando a sua espada negra no ar, segura uma das
asas do Serafim, gira-o em um ângulo de trezentos e oitenta graus, lança contra
o chão e então gira a sua espada no ar e aplica um lance de espada na direção
da cabeça de Amandriel, mas Gabrielle então bloqueia o golpe de Lúcifer
cruzando os seus sais salvando a vida de Amandriel.
Perplexo,
mas com ódio nos olhos seus; Lúcifer então aplica um jeb de esquerda na direção
do nariz de Gabrielle, mas a mesma se esquiva e aplica um golpe usando a Tsuka
Kashira de um de seus sais atingindo o peito do rei das trevas, mas o mesmo
gira em um ângulo de trezentos e oitenta graus, levanta a sua perna direita e
aplica um chute lateral atingindo o estômago da poetisa guerreira fazendo-a
voar tamanha força do impacto, mas rapidamente, Amandriel abre as suas asas,
levanta vôo, segura Gabrielle firmemente pela cintura e afasta a mesma de
Lúcifer e então, Amandriel se materializa diante de Lúcifer aplica um lance de
espada, mas o rei das trevas bloqueia o golpe, mas então a princesa guerreira
consegue se levantar se recuperando totalmente, aplica um salto mortal duplo
reverberando o seu grito de guerra plantando então os seus pés diante de
Lúcifer e aplica um lance de espada na direção do ombro do mesmo, porém...
Lúcifer bloqueia o golpe da princesa guerreira usando a sua própria mão
esquerda e então, o rei das trevas salta e aplica um chute frontal duplo
atingindo o estômago de Xena e Amandriel ao mesmo tempo fazendo-os voar pela
força do golpe se chocando contra arvoredos e então, Xena se refere à Amandriel
dizendo:
-
Amandriel... Você confia em mim?
-
Confio Xena, mas por que está me perguntando isso justo agora?
-
Eu preciso lutar contra Lúcifer usando a sua espada de fogo.
Amandriel
então semicerra os olhos seus e indaga Xena dizendo:
-
Mas apenas um Serafim pode tocar em uma espada de fogo, o que planeja Xena?
-
Apenas tenha fé no Deus Único e venceremos toda a maldade de Lúcifer. Não é
exatamente isso que sempre nos diz?
Neste
momento, Xena toma posse da espada de Amandriel e então; o fogo santo do gume
da espada se intensifica e uma intensa luz permeia o corpo da princesa
guerreira e então raios e trovões assomam nos céus dançando misteriosamente.
Xena
então sorri, aplica um salto mortal duplo reverberando o seu grito de guerra
por mais uma vez plantando os seus pés novamente no chão diante de Lúcifer
aplicando-lhe rapidamente um lance de espada, mas o mesmo bloqueia o golpe de
Xena usando a sua espada negra, mas a princesa guerreira não desiste e aplica
um forte, preciso e rápido chute frontal usando a sua perna direita atingindo o
estômago do rei das trevas fazendo-o resvalar no chão onde Xena rapidamente
levanta o seu pé direito e pisa na direção da cabeça de Lúcifer, mas o mesmo se
esquiva, Xena então dá um passo para frente e pisa novamente usando agora o seu
pé esquerdo na direção da cabeça do rei das trevas, mas pela segunda vez, o
mesmo se esquiva rolando no chão, mas pela terceira vez, Xena repete a ação usando
agora o seu pé direito novamente e pisa na cabeça de Lúcifer, a princesa
guerreira então gira a espada no ar e aplica um lance de espada fincando a
ponta do gume da mesma, direto na cabeça de Lúcifer onde neste momento, o mesmo
reverbera um alto e cálido gemido de dor onde há neste gemido um como gemer de
insânia, outro como grito em gutural e então, o corpo de Lúcifer começa a
queimar em puro fogo santo divino fazendo-o gritar de dor e agonia e então, o
corpo do mesmo se desfaz em névoa negra e rapidamente, a névoa de maldade passa
a resvalar entrando no chão voando para o seu local de origem; o inferno.
Xena,
Gabrielle e Amandriel se unem novamente e então; Xena indaga Amandriel dizendo:
-
Amandriel, nos diga agora que isso deu certo!
Amandriel
então sorri fixando os olhos seus em Xena e lhe responde dizendo:
-
Sim Xena. Em verdade vos digo que o ferimento de Eva desapareceu no exato
momento em que você derrotou Lúcifer usando a minha espada de fogo.
Xena
então fecha os olhos seus e sente um forte alívio repousar em seu coração e
então, Gabrielle indaga Xena dizendo:
-
Do que vocês estão falando?
Xena
então se refere à Gabrielle dizendo:
-
Usamos o mesmo plano de Lúcifer contra ele. Ao derrotar o rei das trevas no
mundo paralelo, a sua alma foi enviada direto para a sua jaula novamente e com
isso, o ferimento de Eva desapareceu instantaneamente como se Lúcifer nunca
houvesse se encostado a Ela.
-
Mas você sabia disso o tempo todo Xena...?
-
Não Gaby, eu apenas liguei os pontos. Pense bem... Porque o Deus Único nos
enviaria até este mundo paralelo para buscar uma cura? Ficou tudo claro para
mim a nossa real missão quando percebi isso, mas eu tenho certeza que esse
anjinho sem vergonha já sabia disso ou ele nunca deixaria ser humano algum
tocar em sua espada.
Amandriel
então reverbera dizendo:
-
Em verdade vos digo que eu descobri o que era a cura nesta batalha Xena, mas
apenas você poderia derrotar Lúcifer e apenas você precisava descobrir sozinha
como salvar a tua filha.
Xena
então franze uma sobrancelha, faz um muxoxo com os lábios seus e se refere à
Amandriel dizendo:
-
Tudo bem, agora nos leve de volta, por favor, Amandriel. Mas antes quero me
despedir da minha princesinha.
Amandriel
consente, olha para Gabrielle que começa a chorar, mas tenta se conter a toda
prova. Ele materializa as duas mulheres, para o lugar onde Eva estar sentada
brincando com uma bonequinha de palha. Ao ver suas mães chegarem ela corre ao
seu encontro feliz por vê-las. Enlaça o pescoço de Xena e puxa Gabrielle também
com sua outra mão.
-
“Mamãe, soninho” - esfrega seus olhinhos revelando outra necessidade.
Xena
senta em uma pedra depositando-a com carinho em seu colo e canta uma canção de
ninar, enquanto a menina adormece em seus braços maternais, com os olhos azuis
cheios de lágrimas entrega sua preciosidade, para Amandriel que recebe e se
desmaterializa rapidamente, para também retornar no mesmo instante.
-
Ela ficará segura?- pergunta as duas guerreiras em uníssono.
-
Em verdade vos digo que vocês nunca a deixarão sozinha, estarão sempre com ela,
não em espírito, mas verdadeiramente, confie, assim como confiam em mim.
Ao
final dessas palavras Amandriel então materializa Xena e Gabrielle de volta
para o seu real mundo em que Eva está adulta aonde chegando à casa de Lila, Eva
então abraça Xena calorosamente e logo em seguida, Eva abraça Gabrielle e
reverbera:
-
Muito obrigada. O ferimento simplesmente desapareceu e eu me sento ainda mais
forte e saudável do que eu era antes. O que aconteceu?
Xena
então sorri carinhosamente para Eva e lhe refere dizendo:
-
Te contaremos tudo depois.
Neste
momento, Lila reverbera dizendo:
-
Bem... Já que está tudo resolvido, iremos todos comemorar o solstício de
inverno como uma verdadeira família.
Todos
então sorriem e neste momento, Amandriel caminha até a porta para sair da casa,
mas Lila lhe segura o braço direito carinhosamente e lhe indaga dizendo:
-
Onde pensa que vai?
-
Eu preciso voltar para o céu.
-
Não. Você irá comemorar conosco Amandriel.
-
Eu não posso Lila. Essa é uma comemoração familiar, em verdade vos digo que não
cabe a mim próprio me juntar a vós neste ato.
Gabrielle
então repousa a sua destra no ombro esquerdo do Serafim e o indaga dizendo:
-
E o que você pensa que se tornou para nós? Já te falamos isso certa vez. Não se
lembra do almoço que fizemos um dia antes da batalha contra Lúcifer no
apocalipse? Você já não é mais nosso amigo Amandriel e sim, um membro de nossa
família.
Amandriel
então toma a sua forma humana; a forma de sua casca humana André; sorri
mimosamente para Gabrielle e Lila e então, todos caminham até a sala de jantar.
Enquanto
isso no mundo paralelo:
Xena
desperta do sono que se abatera repentinamente sobre ela olha para o lado e vê
Gaby ainda adormecida, procura com rapidez por Eva, que estar dormindo aos seus
pés tendo um passarinho como vigia! Ela se levanta rapidamente e espanta aquele
passarinho abelhudo, e percebe que sua menina estar despertando juntamente com
Gabrielle.
-
Parece que dormi por séculos – brinca a poetisa, buscando carregar a menina nos
braços que escapa ao ver outra criança na penumbra quase da noite.
-
Mamãe, neném – aponta seu dedo indicador na direção oposta.
Xena
se ergue em uma extrema velocidade seguida pela rainha amazona que agarra Eva
pelos braços impedido-a de sair ao encontro da criança misteriosa.
-
Está sozinha? - indaga a princesa guerreira, procurando ver se a criança estar
acompanhada por provavelmente ladrões.
-
Não, minha mãe, meu pai e meus irmãos estão com medo de vocês, porque são
guerreiras, mas eu estou com muita fome, tem pelo menos um pedaço de pão?
-
Mamãe – Eva chama Gabrielle que olha para baixo e contempla o rosto angelical
de sua filha, há uma súplica estampada em sua face de criança.
Xena
também ouve o chamado e olha para trás e de novo olha para frente, pensa e se
fosse Eva faminta, sozinha, alguém ajudaria? Não precisava da resposta, sabia o
que tinha que fazer.
-
Chame seus pais e seus irmãos, nós somos de paz, só lutamos contra os maus –
faz o gesto de luta e uma careta engraçada deixando a menina ri a vontade.
A
garota some entre os arbustos para depois retornar acompanhada dos outros:
pais, irmãos e irmãs. Gabrielle vendo que Xena resolveu a situação larga os
braços de Eva e caminha na direção da gruta para buscar os alimentos, seguida
por sua garotinha sorri, pois sabe que Eva é a prova a partilha.
O
jantar é partilhado entre as nove pessoas, o que parecia impossível, já que os
alimentos eram escassos, contudo por um milagre se multiplicou e todos puderam
se alimentar dignamente de modo que ainda sobrara, para que aquela família
pudesse levar algo para mais uma noite. O céu estava estrelado, um vento frio
soprava baixinho, fazendo com que todos permanecessem juntos ao redor da
fogueira. Eva pega sua boneca querida e entrega para a menininha de quase sua
idade, Xena e Gabrielle se espantam, mas nada dizem, apenas observam sua
menina, a Eva é realmente especial, a outra família também partilha uma linda
canção, derivada das terras frias que fala sobre a partilha entre seus iguais.
Voltando
ao mundo de Eva adulta:
Em
meio às conversas do jantar, Sarah fixa os olhos seus em Amandriel, mas o mesmo
apenas sorri mentre cora as suas alvas faces e abaixa a cabeça. Xena então fixa
os olhos seus na mesa denuncia suas ações que procura algo e então, a mesma
reverbera:
-
Onde está o bolo de nozes...?
Gabrielle
então move a sua cabeça para o lado esquerdo, coça levemente a sua jugular com
suas faces coradas e então, a princesa guerreira se refere à poetisa guerreira
dizendo:
-
Ah... Gabrielle...!
Todos
então se resvalam em gargalhadas alheias e após o jantar, Xena e Gabrielle vão
de encontro à varanda da casa e contemplando as estrelas, Gabrielle se refere à
Xena dizendo:
-
Provavelmente, eu nunca conseguirei esquecer-me deste solstício de inverno.
Tivemos um belo presente este ano. Vimos nossa Eva ainda criança, e ela até nos
chamou de “mãe”.
-
Entendo a sua animação Gabrielle, pois eu sinto o mesmo. Há algo no solstício
de inverno que faz com que o coração das pessoas mude. As pessoas se tornam
mais gentis e amorosas.
-
Sim. Mas ainda assim, é uma pena que essa magia só aconteça no solstício de
inverno, Xena. Acha que Lúcifer voltará a nos perseguir?
-
Eu não sei Gabrielle. Eu sei apenas que a maldade sempre perseguirá o coração
humano enquanto o mundo não compreender que só o amor e o perdão são os
verdadeiros caminhos a serem seguidos.
-
E nunca podemos desistir de nossas batalhas, de nossos demônios interiores,
pois cada dia que passa, travamos uma nova batalha. Tristezas, mágoas,
humilhações, rancores ou angústias... Tudo isso pode ter fim se você se
permitir se perdoar, se amar e amar o seu próximo. O perdão de coração a um
inimigo, ajudando qualquer pessoa que encontre e que necessite de sua ajuda.
Isso lhe trará uma vida melhor. Acho que é isso o que o Deus Único deseja de
nós.
Xena
então sorri mimosamente para Gabrielle e lhe refere dizendo:
-
Vem cá minha poetisa...!
Xena
então segura carinhosamente à mão de Gabrielle cruzando os dedos entre as mãos
e então; Eva assoma atrás das guerreiras e repousa a sua cabeça no ombro de
Xena onde a mesma envolve o seu braço esquerdo por cima dos ombros e nuca de
Eva onde a mesma envolve o seu braço direito pela cintura da princesa guerreira
e então; a poetisa guerreira se refere à Xena e Eva mentre contempla as
estrelas dizendo:
-
Feliz solstício de inverno Xena e Eva.
Unissonamente,
Xena e Eva respondem à Gabrielle dizendo:
-
Feliz solstício de inverno Gabrielle.
FIM
A Bíblia
sagrada nos revela em Isaías 11:1
- “Um ramo
surgirá do tronco de Jessé, e das suas raízes brotará um renovo”.
Mesmo com
tantas provações que nos infectam todos os dias, tantas batalhas que travamos a
cada dia que se faz passar, dentro de cada um de nós existe uma força capaz de
vencer todas essas batalhas.
Você que
está lendo isso agora: sabeis; tu não nasceste para sofrer, você não se fez
presente no mundo para viver envolto em tristezas e amarguras. Você vencerá
todos os seus problemas, pois Deus sempre nos concede a força necessária para
vencer nossas batalhas.
Que este
conto possa encher o seu coração de alegria, compaixão e amor. Nunca desista de
seus sonhos e de suas lutas, pois no momento certo, você vencerá e todos
poderão ver a glória permeada em ti, pois cada um de vocês são merecedores da
vitória.
Tu és um
filho (a) amado (a) de Deus e com júbilo nos lábios meus, eu (Carlos Brito) e
Valquíria Costa desejamos a todos um Feliz Natal.
Desejamos
com muito carinho e amor em nossos corações que cada um de vocês possam passar
este natal ao lado de todos aqueles que os cercam; de todos aqueles que vós os
amam.
FELIZ NATAL
A TODOS!
Por: Carlos
Brito & Valquíria Costa