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Diário de Gabrielle - Provando a Teoria GabLes – O Reencontro



Cap. 1 - Cap. 2 - Cap. 3 - Cap. 4 - Cap. 5 - Cap. 6 - Cap. 7 - Cap. 8 - Cap. 9



por Monique Cantuário





   Estou tão feliz, nem os deuses podem ter ideia da dimensão da minha felicidade...

   Pergaminho...
  Aqui estou, nesse acampamento, no meio da noite, junto com a mulher que mudará minha vida completamente...

   Xena...

 Como ela é linda! Parece um anjo quando dorme... Suas feições estão cheias de serenidade...
Não consigo dormir de tanta felicidade, só tenho vontade de ficar aqui, a observando... Seu corpo sendo banhado pela luz da lua...
Quem diria! A pessoa que disse que eu não gostaria de despertar sua ira, ser a mesma que me aceitou a seu lado!

   Graças aos deuses!!!

   Pergaminho, contarei como tudo aconteceu...

  Acordei muito cedo e recolhi rapidamente os meus pertences e parti. O dia estava lindo, mais quente que o de costume mas havia uma brisa suave...
Durante a caminhada, comi algumas frutas que havia pego antes de sair de casa e colocado na bolsa...
Até então, tudo estava bem, até cheguei a comentar que “não era tão difícil ser uma aventureira”... Mas depois de algum tempo... Algo muito assustador aconteceu... (devo confessar, me orgulho muito do que consegui fazer).
Fui pega de surpresa por um ciclope, ele me enjaulou sem que eu tivesse o mínimo de defesa. Fiquei extremamente assustada, estava ao ponto de ser devorada por aquele gigante faminto...
Ele me ameaçava, dizendo que trituraria os meus ossos...
Logo pedi a Zeus que o amaldiçoasse, o triturasse... Mas de nada adiantou...
Depois eu disse que era amiga de Xena, mas piorei mais ainda a situação, as ameaças ficaram piores, sua vontade de se alimentar da minha carne se tornou maior, mas agora teria um gosto de vingança. Achando que me matando, estaria se vingando por Xena tê-lo cegado!
Quando achei que estava tudo perdido... Inventei uma história que até agora não sei como consegui inventar aquilo...
Falei pra ele que eu estava atrás de Xena, para matá-la... Mas claro, ele zombou de mim, mas quem não zombaria? Eu, uma garotinha indefesa, atrás de uma grande guerreira para matá-la! Mas foi a única coisa que consegui pensar na hora. Continuei insistindo com a história, até que finalmente ele concordou, tive que oferecer as pernas de Xena, pra que concordasse em me soltar e assim o fez!
Dei graças aos deuses por estar livre e agradeci mais ainda pelos Ciclopes serem burros!

   Mas pergaminho...
Usei apenas minhas palavras para fazer com que o Ciclope me soltasse...
Com isso, eu percebi algo muito importante...
Eu tenho grande habilidade com as palavras... E o quanto eu poderia ser útil à Xena! Como eu poderia ajudá-la, usando minha habilidade de persuasão! E com isso, ela poderia aceitar-me ao seu lado...
E essa conclusão encorajou-me ainda mais à seguir viagem e encontrá-la.
Depois de conseguir escapar daquele Ciclope... Continuei seguindo viagem...

  Horas depois de me perder duas vezes, ter minhas botas furadas, estar cansada e faminta... Finalmente encontrei a estrada para Anfípolis, mas ainda estava muito longe! Pensei em pedir carona a algum carroceiro que fosse em direção a cidade, mas ninguém apareceu!
Então tive a ideia de deitar-me na estrada, me fingir de morta ou desmaiada, foi até uma forma de descansar meus pés que estavam pedindo por socorro! Mas eu queria mesmo era uma carona!
Minutos depois... Eis que um milagre acontece!
Ouvi um barulho de carroça se aproximando, fiquei muito feliz, mas tratei logo de desfazer o sorriso estampado em meu rosto pra não estragar meu disfarce!
A carroça se aproximava cada vez mais, depois ela parou e senti que alguém se aproximava de mim!
Rapidamente me levantei, perguntei ao senhor se estava em direção a Anfípolis, ele me confirmou e então tratei de explicar toda situação e implorei para que me desse uma carona até lá!
Ele se negou a me dar carona, alegando falta de espaço, mas eu estava tão cansada que aceitaria entrar em uma daquelas sacolas para chegar mais rápido a cidade!
Continuei a implorar, até inventei que meu pai teria um estábulo e o presentearia com um lindo cavalo, mas o senhor foi mais esperto e me pegou na mentira!
Minha última chance foi propor à ele que eu contasse uma história, falei sobre Édipo, rei de Tebas...
E graças aos deuses ele me deu carona, pois ele conhecia Édipo como ninguém! Nessa manhã, aprendi sobre Édipo, mais que em qualquer outro lugar!

   Minutos depois, finalmente chegamos à Anfípolis! Desci da carroça, agradeci ao senhor pela carona e ele se foi...
Fiquei paralisada por um tempo, observei atentamente a cidade... Só conseguia pensar em como fui corajosa a ponto de fazer uma viagem tão longa atrás de Xena! Senti-me orgulhosa também, pois estava apenas seguindo meu coração e fiquei muito emocionada por finalmente ter chegado a cidade dela! Então respirei fundo e fui a sua procura!

   Olhei por todos os lados, mas ela não estava. Quando encontrei uma senhora, perguntei se ela sabia do paradeiro de Xena. Mas a senhora foi bastante agressiva, chamando-a de assassina... Pedi que ela se acalmasse e foi aí que ela me disse que Xena estava na taverna de sua mãe!
Fui em direção a taverna...

  Quando cheguei, fiquei com um pouco de receio... Claro, finalmente eu ia encontrá-la... Ficar novamente cara a cara com ela... Mas meu receio era mais por medo de que ela não me aceitasse... Mas criei coragem e entrei...
Na taverna, as pessoas estavam ao redor de algo, não consegui identificar o que era...
Até que me aproximei e consegui visualizar Xena, sendo encurralada pela multidão que estava a apedrejando! Fui multidão adentro e consegui chegar até onde Xena estava!
Senti que era a oportunidade de demonstrar o quão eu sou habilidosa com as palavras, em como eu posso persuadir alguém e salvá-la do apedrejamento por aquelas pessoas sedentas por justiça!
Iniciei meu discurso para a multidão, expliquei como seria pior se Xena fosse mulher de Draco e que se eles a matassem, Draco iria dizimar toda aquela cidade e não deixaria ninguém vivo! Houve um breve silêncio por parte das pessoas... Até que o líder da multidão se pronunciou. Ele concordou e pediu que eu levasse Xena para longe dali. Peguei sua espada e quando a entreguei, senti que Xena me olhava com dúvida, como se estivesse se perguntando porque eu estava fazendo aquilo!
Saímos da taverna...

   Do lado de fora, Xena se preparava para partir, pedi que me levasse consigo, mas ela foi carrancuda e disse que viajava sozinha!
Mas pergaminho...
Sem ter o que argumentar, fui contra todos os meus princípios e joguei na cara dela o fato de ter salvado a sua vida!
Ela ficou sem ter o que dizer, me olhou profundamente e finalmente concordou em me levar. Ofereceu-me seu braço como apoio para que eu subisse no cavalo e partimos!
Xena estava indo em direção ao mausoléu da família, visitar seu irmão!

   Enquanto cavalgávamos, pelo fato da proximidade de nossos corpos... Senti o cheiro de seus cabelos... Agarrei-me a sua cintura e senti a barriga definida escondida por aquela couraça... Para não cair, apertei-me ainda mais contra seu corpo... Apoiei minha cabeça em suas costas, fechei os olhos e consegui escutar sua respiração... Cada batida de seu coração... Permaneci de olhos fechados, até aquele momento ser quebrado pela voz de Xena me avisando que tínhamos chegado ao mausoléu!
Desmontamos e Xena pediu que eu aguardasse do lado de fora... Mas não obedeci, depois que ela entrou... Fui atrás dela!
Enquanto eu me aproximava, consegui ouvir a voz de uma Xena aflita... Triste...
Até que não consegui segurar quando ouvi Xena dizer que era muito difícil estar só...

   Pergaminho...
A única coisa que consegui fazer foi dizer à ela que não estava mais só... Eu tinha que mostrá-la que poderíamos seguir viagem juntas... Aprender uma com a outra... Ela me olhou com carinho e depois saímos.
Quando estávamos em direção a taverna, vimos cavalos em frente a um galpão e Xena disse que eram de Draco e que ele estava lá.
Desmontamos do cavalo e Xena pediu que eu esperasse do lado de fora, até que enfrentasse Draco, pois seria muito perigoso pra mim!
Eu tive que concordar, mas logo quando ela entrou, eu entrei em seguida, jamais poderia perder a Princesa Guerreira em ação, muito menos contra um guerreiro sanguinário como Draco e também não perder a oportunidade de mostrar à ela, o quanto posso ser útil!

  Xena o propôs um trato, o primeiro que caísse no chão, seria morto, a luta aconteceria na armação de bambu que havia no galpão!
Eles lutavam habilmente, cada um com seu cajado. Golpes rápidos e precisos. Draco era habilidoso, mas não como Xena... Ele jamais poderia se comparar a ela... Xena lutava com o coração, usando toda sua força, agilidade e sabedoria...
Em alguns momentos achei que Xena perderia, meu coração ficava apertado... Mas sua recuperação na luta, tratou de dizimar toda minha agonia... Até porque, uma guerreira daquele porte, sabia exatamente o que estava fazendo!
Depois de tantos golpes, saltos, giros... A armação de bambu se desfez, pensei que a luta terminaria ali, mas Draco subiu na cabeça das pessoas e conseguiu se equilibrar...
Xena fez o mesmo. Os dois continuaram a luta... Mas por um descuido de Draco, um golpe final de Xena... e minha esperteza...
Draco caiu ao chão e Xena saltou, ficando em cima dele...
Ela não o matou, apenas o fez jurar em nome de Ares, deus da guerra, que deixaria a cidade em paz, em troca de sua vida!
Um dos guerreiros dele quase apunhalou Xena covardemente pelas costas, mas Draco foi mais rápido e a salvou e depois partiu!

   Já ao final da tarde, Xena despediu-se de sua mãe e então partimos...
Depois de horas viajando, chegamos a um lugar bastante arborizado.
Quando pensei que ficaria ali, Xena mandou que eu ficasse em outro local, pois montaria seu acampamento ali e não queria dividir comigo, pois preferia ficar sozinha!
Não discuti com ela, apenas concordei. Xena saiu logo em seguida!
Resmunguei por alguns minutos, até porque eu queria estar com ela e não ali no meio do mato sozinha... Tentei fazer uma fogueira e não consegui, tentei dormir e não consegui, estava com frio e os mosquitos mais pareciam águias...
Sem suportar aquela situação, fui atrás de Xena... Localizei seu acampamento e me aproximei, acabei dando de cara com uma Xena em posição de ataque... Mas baixou a guarda quando viu que se tratava da minha presença...
Expliquei tudo o que passei no local em que pediu que eu ficasse. Ela só disse que me mandaria pra casa pela manhã... Eu tinha que de alguma forma colocar na cabeça dela que eu não pertencia àquele lugar, àquelas pessoas, que lá eu não me sentia completa, e assim eu fiz...
Quando ela me olhou com ternura e disse as palavras que nunca mais me esquecerei... “Não é fácil provar que se é diferente!”...
Aquilo me mostrou o quanto Xena é sábia e só me deu mais certeza de que é com ela que eu devo ficar... Até que ela jogou na minha cara um cobertor e permitiu que eu dormisse no acampamento com ela... Não conseguimos conter o riso àquela situação...

  E agora estou aqui, admirando-a enquanto dorme... Nosso dia foi cheio... batalhas, concordâncias... Mas finalmente eu seguirei meu destino ao lado de Xena, em muitas aventuras...
Finalmente encontrei a salvação que tanto esperei...

   Agora pergaminho... Depois de compartilhar meu dia com você... Tentarei descansar... Está sendo difícil conter toda minha felicidade... Mas amanhã, será um novo dia ao lado de Xena...







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