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FanFic - I'll Never Leave You - Capítulo IX


por Caroline Pessoa



Capitulo VIII






                - Meu momento, meu caro... – disse César de peito estufado e satisfeito. – Leve-os...
                - Claro... Claro – Ares estalou os dedos e uma luz branca envolveu sua mão. – Seus soldados parecem bastante confiantes com um imperador que os leva até o campo de batalha num estalar de dedos.
                Riram debochadamente.
                - Só falta a convidada principal... – suspirou e encostou-se em um dos pilares do saguão - Não saberia dizer se a parte mais prazerosa desse trabalho seria sangrar aquela vadia como uma porca ou se seria ver a cara da sua preciosa Xena assistindo tudo...
                - Não me decepcione – disse Ares dissolvendo-se no ar.
                Os homens estavam assustados com o poder de César. Mal piscaram e já estavam de pé na ilha das amazonas. Não esperaram mais e agiram.
                O maior número de soldados posicionou-se invisivelmente na parte mais aberta da floresta. Eles espreitavam silenciosos enquanto o outro grupo menor avançava cercando as amazonas, entreolhando-se e gesticulando seus códigos de guerra.
                - Vocês – sussurrou um soldado de barba cerrada – vão pela esquerda e cerquem próximo ao rio. – Apontou para um grupo de homens – E vocês, irão ficar próximo ao vilarejo.
                Os outros se espalharam e continuaram a procurar qualquer rastro de armadilhas. Era óbvio que o silêncio era suspeito. Acidentalmente, um jovem guerreiro pisa em um galho seco, partindo-o ao meio. Era um pequeno truque de caçador. A rede imensa fora jogada em cima dele e parte de seu grupo. A cruel saraivada de flechas envenenadas atinge-os mortalmente no pescoço, braços, peito e pelo resto de seus corpos.
                 - Protejam-se homens! – Gritou um sobrevivente – Por detrás das árvores!
                Mas não adiantaria muito. As amazonas moviam-se como fantasmas por cima das árvores. Era como se estivessem por toda a parte. A guerra movia-se como o vento, serpenteando cada parte da floresta. Em cima dos galhos, elas lutavam contra os soldados que brandiam suas espadas em vão. Cegos pelos ataques rápidos eles tendiam a cair nas mortais valas preparadas pelas guerreiras.
                 As outras mulheres avançaram por entre as árvores gritando enfurecidas. Ao longe ouviam-se gritos de dor, espadas trincando-se e corpos mutilados no chão. Um soldado corta o ar com violência atingindo a perna de uma das amazonas que acertara com precisão um de seus colegas. A perna dela é atirada com força alguns metros à frente. Ela uiva de dor e em seguida, ele levanta a espada perfurando-a entre os seios.
                 Dois ou três soldados que sobreviveram às estacas afiadas das valas tentavam subir, quando as arqueiras atiraram flechas em chamas em suas cabeças. As amazonas socavam, chutavam e caíam. Levantavam cuspindo o sangue quente. Os soldados avançavam enfrentando de peito aberto cada golpe de cajado, cada corte afiado de adagas e espadas. Eles as derrubavam, e depois caíam.
                 - Por aqui Adia! – Gritou de cima do galho uma mulher para uma moça morena.
                 - Mamãe! – A moça gritou para a mulher detrás da árvore - Mamãe eu não consigo andar!
                 A perna dela estava torcida para dentro, fazendo um ângulo estranho.
                 - Fique ai que eu vou busca-la.
                 A menina parecia ter visto tudo lentamente. Sem que a mãe percebesse um homem descomunal rangia os dentes amarelos e com olhar assassino para a menina, quando a mãe saltou do galho ele desferiu na cabeça dela o golpe mortal com uma massa gigante de ferro. A mulher caiu sem sentidos no chão.
                 - Mamãe! Não! Seu monstro! – A menina pegara uma adaga e atirou-a com a força que ainda lhe restava no homem, mas errou o tiro. Ele sorriu deliciado e atirou o corpo pesado para frente para mata-la.
                 - Uh! – Ele gemeu com o corte em suas costas largas virando-se.
                 - Você teve coragem para matar uma mulher ferida – disse uma amazona com uma tiara na cabeça – será que é tão homem assim para me enfrentar também? – Desafiou.
                 O corte sangrava e doía intensamente em suas costas, mas ele não recuou nenhum passo. Agarrou sua massa de ferro desferindo golpes pesados contra a amazona. Ela era magra e esguia, porém rápida. Estocou-o várias vezes pelo corpo, sem feri-lo mortalmente. Ao final, ele conseguiu acertar um golpe em seu estômago, jogando-a no chão violentamente. Ela curvava-se sem ar procurando pela espada, o homem levantou-a pelo pescoço rindo da vítima que se debatia em suas mãos.
                 - E agora sua vadiazinha? – Ele tripudiava – E agora? Sou homem o suficiente para esmaga-la?
                 Sem que ele percebesse, a amazona puxou do cinto da saia de couro uma adaga brilhantemente afiada. Num golpe furtivo ela cravou-lhe a lâmina no meio dos olhos e ele a soltou com um grito enfurecido de dor.
                 Perto do rio as amazonas lutavam contra soldados fortes. Eles manejavam as espadas talvez até melhor do que elas.
                 - Homens, tomem cuidado com as armadilhas! – Um soldado com uma cicatriz em forma de “x” no rosto alertava os companheiros.
                 Eles desviavam das espadas, mas as guerreiras que usavam cajados conseguiam desarmá-los com maestria. As amazonas batiam quebrando-lhes a mão. Mais um golpe na parte de trás da perna. Caiam de joelhos. Outro golpe entre as escápulas e agonizava-os sem ar. E por fim, eram mestras no golpe certeiramente mortal na cabeça.
                 Escondidas e camufladas, Hélade deu o sinal para que avançassem. As guerreiras marcharam sendo invadidas pelo espírito da luta. Suas irmãs lutavam corajosamente para vencer os romanos. Sem que nada percebessem, elas cercaram as tropas escondidas na parte mais aberta da floresta.
                 - Mas como foi que eles chegaram até aqui? – Hélade sibilou para si mesma.
                 Não parou para pensar. Gesticulando sinais, Hélade mandou que as arqueiras disparassem as flechas em chamas. O mato estava seco e o fogo logo se propagaria. Os romanos estavam cercados e quando deram-se conta de que o inimigo estava letalmente perto, o general gritou para que se dispersassem para ataca-las com força total.
                 A guerra estourava como um vulcão na floresta. Homens e mulheres lutavam por suas vidas. Os metais rangiam furiosamente uns contra os outros. O fogo lambia o chão abraçando mortalmente muitos dos soldados e das amazonas. Flechas voavam, homens choravam implorando a compaixão de seus deuses. Em vão. Ninguém os escutaria ou os salvaria. O silêncio rasgado dos céus debochava da agonia daqueles seres humanos. Estavam ali para morrerem lutando ou para morrerem sem lutar.
                 A noite caia densa. Imperiosa. Cruel. A luta não cessava. Os corpos não descansavam. O hálito da morte banhava amazonas e romanos dissecando suas almas, exortando-os ao descanso final.
                 - Aqui! Jonas! Não avance ainda! – Um homem gritava para um rapaz jovem que queria sair de seu esconderijo e lutar. Uma guerreira ruiva acertou o rapaz com um tiro certeiro de adaga. Ele caiu contorcendo-se de dor, em poucos minutos estaria morto.
                 - Não! Jonas! – O homem desesperado sacou a espada golpeando com violência a amazona. Ela desviava de sua lâmina, de seus socos e pontapés. Ele lançava-se para cima dela, contudo a ruiva batia com precisão em seu estômago e por último, arrancou-lhe lágrimas com um soco no nariz. O soldado caiu de joelhos com uma dor insuportável por causa do nariz quebrado.
                 - Ele era o meu irmão! – Falou com voz embargada.
                 Ela olhou-o. Não conseguiu mata-lo.
                 - Mate-me logo! – Ele pediu tossindo com o sangue e a fumaça.
                 A mulher deu-lhe as costas e correu para ajudar às companheiras. Seu coração estava tocado, mas não podia sentir pena do inimigo. Aquele soldado teria lhe dado uma morte certa se estivesse em seu lugar. Mas não podia ser um animal. Ou era. A resposta tanto fazia. Só sabia que naquele campo de batalha a coisa mais certa que já fizera foi não empunhar a espada para matar aquele soldado de alma assassinada. Ela não quis mais pensar.
                “Meu dever”. Pensou. “Devo proteger minhas irmãs, minha rainha e meu vilarejo”.
                E avançou sem dó ou piedade.
                Hélade derrubou dois soldados para chegar até o general - um romano grande e musculoso que socava uma guerreira caída. Enfurecida pela visão ela correu e derrubou-o. Os dois rolaram no mato seco, passando por cima das cinzas ainda quentes o bastante para queimar a pele. Ele conseguiu dominá-la passando o braço grosso pelo pescoço de Hélade sufocando-a.
                 - Ágato – ele sussurrou para ela – grave o meu nome.
                 Hélade tentou falar com sua traqueia quase esmagada.
                 - Hélade – ela grunhiu. Com uma das mãos livres cravou uma adaga na coxa e ele soltou-a bruscamente – sonhe comigo no Tártaro.
                 Ela chutou o queixo dele com violência. Pensou ter visto algo pular de sua boca, além do sangue. Ele levantou furioso e mesmo mancando atacou-a com uma espada pesada de lâmina serrilhada cortando fundo o braço dela. Hélade sem recuar, lutou com o braço sangrando cortando Ágato em pontos específicos. Ele socou-a no rosto e no estômago. Quando ela caiu Ágato não perdeu tempo chutado longe a espada de Hélade e avançou firme para cravar a espada nela.
                 Agilmente, Hélade desviou do golpe e pegou uma faca dentro de sua bota. Ela cortou um tendão da perna direita de Ágato. Urrando de dor ele caiu. Sem esperar mais, Hélade desferiu um golpe certeiro com a própria espada de Ágato no pescoço. O que se via ao longe era algo rodopiando para dentro das chamas amarelas. Ela ouviu o baque surdo do corpo caindo ao chão sem cabeça. 


Segunda-feira, Capítulo 10

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